Trecho da Obra mediúnica na Essência D’Alma
(Mensagens Mediúnicas da Equipe Espiritual Nosso Lar-psicografia medium maria)
Respirando profundamente, na arte de absorver a energia tênue e abençoada que envolve todos os seres, tal qual medicamento eficaz estejam estes em plano físico ou espiritual, eu caminhei tranquilamente até o seu leito.
Ângela estava imensamente serena e parecia repousar.
Olhei-a sentindo-me emocionado.
Admirei-lhe a jovialidade dos traços. Entreabrindo os olhos ela me olhou e disse tranqüila:
- Quem és?
Enorme incógnita advinha a meu ser, pois não sabia em mim o que lhe dizer.
Balbuciei temeroso tentando lhe demonstrar tranqüilidade, mas em verdade em mim só fluía imenso amor.
- Chamo-me Vitor! Trabalho no parque hospitalar e vim ver como te sentes!
Ciente estava de que a recuperação dos Irmãos é gradativa e em etapas e que o conhecimento da realidade é paulatino a cada qual.
Somente no tempo oportuno Ângela poderia saber quem eu era e o que tinha sido em uma de suas existências.
A jovem esboçou um sorriso tranqüilo e indagou:
- És mais um Amigo?
Sorri e disse:
- Sim Ângela, sou mais um Irmão!
Ângela que apresentava imensa jovialidade, emanava em si mesma, enorme serenidade.
Em luz própria que irradiava harmonia novamente sorriu dizendo-me num extenso dialogo.
- Recordo-me das regiões inferiores, pela qual transpus minha existência por longo tempo em sofrimento e de minha vida numa veste fisica como filha de operários modestos. Lembro-me de meu desenlace na oportunidade grandiosa de gerar uma vida. Ciente estou de que minha pequenina Rita permanece com vida no orbe terrestre e isto me engrandece o ser. No entanto em enormes imperfeições e num apego imenso á vida física eu não me permite perceber a luz do auxilio que se ofuscou no meu desenlace na vontade de permanecer próxima a minha filha.
As palavras lhe fluíam com imensa tranqüilidade e a voz parecia uma leve melodia serena. Respirou profundamente e prosseguiu com os olhos cerrados como se visualizasse em si mesmo o transcorrer de sua própria existência. Eu sentia-me absolutamente mais sereno ansiando auxiliá-la no irradiar de sua alma.
- Por longo tempo desloquei-me entre as esferas, desejando zelar pelo bem estar de minha filha até que a dor e o cansaço esmoreceram minhas forças e recostei-me no ócio de minha existência entristecida por não poder acompanhar aquela criança como mãe que lhe era em imenso amor. Exausta clamei auxilio inúmeras vezes até que surgiram Irmãos em luz para me socorrerem na imensa benção de Deus Pai.
Num súbito ímpeto de meu ser falei-lhe:
- Estava lá contigo minha Irmã Ângela. Auxiliamos-te como humildes tarefeiros a serviço de Deus Pai.
Não precisava, no entanto pedir-lhe para que se tranqüilizasse, pois em si mesma emanava imensa paz. Prosseguiu serena:
- Compreendo que minha filha está bem e prossegue em sua existência. Sinto-me abençoada por Deus por ter me concedido a oportunidade de gerar uma nova vida. Devo prosseguir em minha própria evolução Irmão Vitor.
Sentindo-me encorajado narrei-lhe com tranqüilidade o enorme período que havia transcorrido em minha existência nas regiões umbralinas.
Não discernia as palavras com culpa ou temores, vergonhas ou cautela.
Narrava uma parte de minha própria existência com imensa clareza e tranqüilidade.
Assumia naquele instante para com Ângela, uma Irmã com a qual tivera a oportunidade de acompanhar, as minhas próprias imperfeições.
Terminada a minha narrativa, Ângela não mais permanecia com os olhos cerrados, mas me olhava com imensa admiração.
- Trabalhas nas regiões inferiores?
- Sim minha Irmã. Alterno minhas tarefas de amor estudando os magnetismos da luz em auxilio aos Irmãos; as atividades no parque hospitalar e as jornadas como missionários nas regiões imensamente carentes de nosso auxilio.
- Não vejo o momento oportuno a que me erga e obre por meus irmãos.
- A regeneração é contínua, mas lenta Irmã Ângela. Pelo que sinto em ti, no entanto, logo estarás prosseguindo em luz em algumas atividades nesta linda colônia.
O dialogo entre nós continuou tranqüilo até que me despedi em função de minhas tarefas prometendo retornar.
Caminhando pelas enfermarias, em auxilio a muitos Irmãos, sentia-me inexplicavelmente sereno após este reencontro, no qual assumira sem temores, a minha própria existência.
Estava ciente de que as experiências de cada ser eram particularmente especiais em si mesmas e que um Pai absolutamente grandioso abençoava a todos com um amor infinitamente superior.
Naquele dia se engrandecia em mim, novamente a coragem de recomeçar a cada oportunidade.
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Fiquem em Imensa Paz
Equipe Nosso Lar
médium maria
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