terça-feira, 31 de maio de 2011

TRANQUILIZANTE ...


TRANQUILIZANTE ... (Emmanuel)
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Não são os problemas da vida em si
que nos agravam a tensão nervosa...

São as questões-satélites
que nascem de nossas dificuldades
para aceitá-los.

Quantas vezes, pervagamos na Terra,
sofrendo emoções desequilibradas,
diante de companheiros queridos
que não desejam,
por agora, o nosso modo de ser?

E em quantas outras nos atormentamos inutilmente,
perante obstáculos complexos
que claramente não nos será possível
liquidar em apenas um dia?

Entretanto, observemos:

- enfermidades aparecerão sempre no mundo,
pedindo tratamento e não inconformidade para as melhoras precisas;

- entes amados em luta são telas de rotina,
solicitando entendimento e não atitudes condenatórias
para alcançarem o reequilíbrio;

- erros nossos e faltas alheias
fazem parte do nosso aprendizado
na escola da experiência,
exigindo calma e não censura
para serem retificados;

- tentações são inevitáveis,
em todos os sentidos,
nos climas de atividade indispensáveis
à nossa formação de resistência,
reclamando serenidade e não agitação
para serem extintas.


Em todas as situações aflitivas,
use a prece
como sendo o nosso melhor tranquilizante
no campo do espírito.

E quando problemas apareçam,
não se deixe arrastar
nas labaredas da angústia.

Você pode ficar em paz.

Para isso,
basta que você trabalhe
e deixe Deus decidir.

.........................................................................................................
(Do livro "Busca e Acharás", pelo Espírito Emmanuel, Francisco Cândido Xavier, edição IDEAL)

segunda-feira, 30 de maio de 2011

O COOPERADOR !


O COOPERADOR !
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Imagina-te à frente de um violino. Instrumento que te espera sensibilidade e inteligência, atenção e carinho para vibrar contigo na execução da melodia.
Se o tomas de arranco, é possível te caia das mãos, desafinando-se, quando não seja perdendo alguma peça.

Se esquecido em algum recanto, é provável se transforme em ninho de insetos que lhe dilapidarão a estrutura.

Se usado, a feição de martelo, fora da função a que se destina, talvez se despedace.

Entretanto, guardado em lugar próprio e manejado na posição certa, como a te escutar o coração e o cérebro, ei-lo que te responde com a sublimidade da música.

Assim, igualmente na vida, é o companheiro de quem esperas apoio e colaboração.

*

Chame-se familiar ou companheiro, chefe ou subordinado, colega ou amigo, se lhe buscas o auxílio, a golpes de azedume e brutalidade, é possível te escape da área de ação, magoando-se ou perdendo o estímulo ao trabalho.

Se largado ao menosprezo, é provável se entregue a influências claramente infelizes, capazes de lhe envenenarem a alma.

Se empregado por veículo de intriga ou maledicência, fora das funções edificantes a que se dirige, talvez termine desajustado por longo tempo.

Mas, se conservado com respeito, no culto da amizade, e se mobilizado na posição certa, como a te receber as melhores vibrações do coração e do cérebro, ei-lo que te corresponde com a excelência e a oportunidade da colaboração segura, em bases de amor que é, em tudo e em todos, o supremo tesouro da vida.

*

Pensemos nisso e concluiremos que é impossível encontrar cooperadores eficientes e dignos, sem indulgência e compreensão.

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade.
10a edição. Araras, SP: IDE, 1996.

VIGIEMOS !


VIGIEMOS - Emmanuel
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Realmente a vós outros,
servidores do Senhor no Evangelho Restaurado,
muito se pedirá no amanhã
pelo muito que recolheis no hoje de serviço.

Cultivai o campo da verdade,
orientando-vos pelo amor puro e simples.

A gleba dos corações humanos espera,
sobretudo, por vosso exemplo,
a fim de submeter-se ao arado do Divino Cultivador.

Não façais da responsabilidade que vos honra a existência,
trilho de acesso ao personalismo estreito
de quantos se confinam à dominação
do próprio egoísmo e à exaltação do próprio orgulho.

Não olvideis que a cisânia é venenoso escalracho,
sufocando-vos as melhores promessas,
e de que os melindres pessoais
são vermes devoradores,
destruindo-vos a confiança e a caridade nascentes.

Usai a charrua da fraternidade e do sacrifício
no amanho da Terra Espiritual
que o Senhor vos confia,
atentos ao desempenho dos próprios deveres,
sem azedume e sem crítica,
à frente daqueles que vos defrontam a marcha,
de vez que o fel do escárnio
e o vinagre da ironia constituem,
por si, o fermento da discórdia,
em cujo torvelinho de sombras
todas as esperanças da Boa Nova
sucumbem, esquecidas e aniquiladas.

O suor no dever
retamente cumprido
vacinar-nos-á contra todas as campanhas
de crueldade e ridículo
e a humildade com a tolerância construtiva
ser-vos-á divina força,
assegurando-nos o serviço
e renovando-nos a fé.

Lembremo-nos do Cristo
e sigamos para frente!

É indispensável esquecer o mal,
amparando-lhe as vítimas,
para que o mal não nos aprisione
em seu visco de sombra.

E, amando

e servindo,

auxiliando

e compreendendo,

estaremos na companhia do Mestre que,
ainda mesmo no martírio e na Cruz,
refletia consigo a Luz Excelsa de Deus,
em constante alegria e em perene ressurreição.


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Livro: Doutrina De Luz - Francisco Cândido Xavier

VIGIANDO !



VIGIANDO - Emmanuel
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“...Se alguma virtude há e se algum louvor existe,
seja isso o que ocupe o vosso pensamento.”
– Paulo. (FILIPENSES, 4:8.)
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Trabalhemos vigiando.

Aquilo que nos ocupa o pensamento
é a substância de que se nos constituirá a própria vida.

Retiremos, dessa forma,
o coração de tudo o que não seja material de edificação
do Reino Divino, em nós próprios.

Em verdade, muita sugestão criminosa
buscará enevoar-nos a mente,
muito lodo da estrada procurar-nos-á as mãos
na jornada de cada dia
e muito detrito do mundo tentará imobiliza-nos os pés.

É a nuvem da incompreensão
conturbando-nos o ambiente doméstico...

É a acusação indébita
de permeio com a calúnia destruidora...

É a maledicência
convidando-nos à mentira e à leviandade...

É o amigo de ontem
que se rende às requisições da treva,
passando à condição de censor
das nossas qualidades ainda em processo de melhoria...

Entretanto, à frente de todos os percalços,
não te prendas às teias da perturbação e da sombra.

Em todas as situações e em todos os assuntos,
guardemos a alma nos ângulos
em que algo surja digno de louvor,
fixando o bem e procurando realiza-lo
com todas as energias ao nosso alcance.

Aos mais infelizes,
mais amparo.

Aos mais doentes,
mais socorro.

E, ocupando o nosso pensamento
com os valores autênticos da vida,
aprenderemos a sorrir para as dificuldades,
quaisquer que sejam,
construindo gradativamente,
em nós mesmos,
o templo vivo da luz
para a comunhão constante
com o nosso Mestre e Senhor.

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Livro: “Palavras de Vida Eterna” - Psicografia Francisco Candido Xavier – Espírito Emmanuel

VIOLENCIA !



VIOLENCIA - Meimei
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Violência
não está unicamente
nos processos da vida física.

Acha-se igualmente ocultada
nos recessos de nossa vida íntima.

Sabemos que quase todas
as ocorrências começam
nas fontes do pensamento.

Reflete nisso e auxilia a ti mesmo,
auxiliando aos outros.

Façamos o propósito de nos fixarmos
tão -somente no bem.

Se alguém errou,
abstenhamo-nos de dramatizar o episódio,
mentalizando males satélites em torno do acontecido.

Seja a compaixão o início do nosso conhecimento
em torno do assunto, elegendo no silêncio
a prioridade de nossa atitude.

Se a falta é grave,
não nos desloquemos do silencio
para o comentário desairoso ou infeliz.

Se já dispomos da felicidade de orar,
busquemos envolver as vítimas
do caso no benefício
da prece e aguardemos
da Providência Divina o socorro
que se lhe faça necessário.

Fantasiar minudências,
em derredor do problema;
é criar dificuldades em nosso prejuízo,
de vez que a fraqueza é inerente
ao nosso próprio modo de ser;
e favorecendo aberturas para o mal,
estaremos ameaçados
de cair nas tentações
em que se arremessaram
aqueles mesmos companheiros
que pretendemos julgar precipitadamente.

A indulgência;
com o serviço fraterno
em prol de quem errou,
é um dos mais importantes caminhos
para a sustentação da paz.

Compadeçamo-nos uns dos outros.

Solicitou-nos o Cristo:
"Não julgueis".

Neste apelo do Divino Mestre,
saibamos incluir
a violência mental.


............................

Uberaba, 23 de janeiro de 1995.

Da Obra "SENDA PARA DEUS" - ESPÍRITOS DIVERSOS -Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

NÃO VIOLENTES !




NÃO VIOLENTES ! - Emmanuel
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A violência, é sempre o mal em ação,
ainda mesmo quando pareça
construir um atalho para o bem.

Enquanto o Sol, sem palavras,
consegue inspirar confiança ao viajor,
o vento ruidoso e forte,
provoca medo e reação por onde passa.

A propósito de auxiliar
não violentes a ninguém.

Usa a energia bondosa,
com quem sabe que o buril há de ser firme
para subtrair a estátua primorosa ao mármore selvagem,
mas abstém-te indiscriminados,
converte a pedra valiosa em estilhaços inúteis.

Não exigiras que a plantinha frágil de hoje
te enriqueça aos celeiros num milagre de produção,
que só o pomar amadurecido consegue realizar.

Não pediras ao botão entreaberto
o prodígio da rosa que só amanhã
desabrochará plena de cor e perfume.

O tempo é condição inalienável
para todas as realizações.


Aprende a respeitar o próximo
na insipiência da cultura
ou do aperfeiçoamento,
nos defeitos ou nas falhas
com que ainda se te apresenta aos olhos,
se desejas realmente cooperar na extensão do bem.

Se sabes ver a imperfeição dos outros,
se alcançaste um degrau à frente do companheiro,
se contas com mais amplas oportunidades de fazer,
estudar, compreender e prosperar,
não olvides que a superioridade significa
dever de servir e estende mãos fraternas
aos que te seguem na retaguarda.

Não acuses,

não reclames,

não dilacere.

Se já sabes entender,
ama e auxilia sempre.

Recorda que Jesus jamais
nos violentou nos dias de nossa ignorância maior e,
esquecendo o fel da reprovação,
usa a paciência e a bondade,
as duas chaves do amor
que nos descerrarão nova luz
nos horizontes da Vida Imperecível.

Livro “Assim Vencerás” Psicografia de Francisco Cândido Xavier - Espirito: Emmanuel

ESFORÇO PESSOAL !




ESFORÇO PESSOAL - Joanna de Angelis
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As grandes conquistas da Humanidade
têm começo no esforço pessoal de cada um.

Disciplinando-se e vencendo-se a si mesmo,
o homem consegue agigantar-se,
logrando resultados expressivos e valiosos.

Estas realizações,
no entanto, têm início nele próprio.

E possível que não consigas
descobrir novas terras,
a fim de te tornares célebre.
Todavia, poderás desvelar-te
interiormente para o bem,
fazendo-te elemento precioso
no contexto social onde vives.

Certamente, não lograrás solucionar
o problema da fome na Terra.

Não obstante, poderás atender
a algum esfaimado que defrontes,
auxiliando a diminuir o problema geral.


Não terás como evitar os fenômenos
sísmicos desastrosos que,
periodicamente, abalam o planeta.

Assim mesmo, dispões de recursos
para que a onda de acidentes morais
não dizime vidas preciosas ao teu lado.

De fato, não terás como impedir as enfermidades
que ceifam as multidões que lhes tombam,
inermes, ao contágio avassalador.

Apesar disso, tens condições de oferecer
as terapias preventivas do otimismo,
da coragem e da esperança.

Diante das ameaças de guerra,
das lutas e do terrorismo existentes
que matam e mutilam milhões de homens,
te sentes sem recursos para fazê-los cessar,
mudando-lhes o rumo para a paz.

Entretanto, a tua conduta pacífica
e os teus esforços de amor
serão instrumentos
para gerar alegria e tranqüilidade
onde estejas e entre aqueles
com os quais compartes as tuas horas.


A violência urbana e a criminalidade
reinantes não serão detidas
ao preço dos teus mais sinceros desejos
e tentativas honestas.

Sem embargo, a tarefa de educação
que desempenhes, modesta que seja,

influenciará alguém em desalinho,
evitando-lhe a queda no abismo da agressividade.


As sucessivas ondas de alienação mental e suicídios,
que aparvalham a sociedade,
não cessarão de imediato sob a ação da tua vontade.

Muito embora, a tua paciência e bondade,
a tua palavra de fé e de luz,
conseguirão apaziguar
aquele que as receba.
oferecendo-lhe reajuste e renovação.

Naturalmente, o teu empenho máximo
não alterará o rumo das Leis de gravitação universal.

Mas, se o desejares, contribuirás para o teu
e o equilíbrio do teu próximo, em torno do Sol
de Primeira Grandeza que é Jesus.


Os problemas globais merecem respeito.

Mas, os individuais, que se somam,
produzindo volume, são factíveis de solução.


A inundação
resulta da gota de água.

A avalanche
se dá ante o deslocamento
de pequenas partículas que se desarticulam.

A epidemia surge num vírus que venceu a imunização orgânica.

Desta forma, faze a tua parte,
mínima que seja, e o mundo melhorar-se-á.

A sociedade, qual ocorre com o indivíduo.
é o resultado de si mesma.

Reajustando-se o homem,
melhora-se a comunidade.

E, partindo do teu empenho pessoal,
para ser mais feliz,

ampliando a área de bem-estar para outros,
o mundo se fará mais ditoso
e o mal baterá em retirada.

* * *


Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Coragem.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

BEM VIVER !



BEM VIVER - Joanna de Angelis
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Tranquilamente, confiante, avança, passo a passo, pelo caminho da evolução.


Não busques, nem fujas dos fenômenos da existência física.


Intenta ser o controlador dos teus impulsos e sentimentos, de maneira que o insucesso não te infelicite nem o êxito te exalte.


*


Na paz interior descobrirás a libertação das dores, porque lograrás vencer as paixões.


Utilizando-te de uma consciência equânime, aceita as ocorrências positivas e negativas com a mesma naturalidade, sem sofreguidão nem indiferença.


*


Mantém-te interiormente livre em qualquer circunstância, adquirindo a ciência verdadeira do viver.


*


A ilusão fascina, mas se desvanece.


A posse agrada, porém se transfere de mãos.


O poder apaixona, entretanto, transita de pessoa.


O prazer alegra, todavia é efêmero.


A glória terrestre exalta e desaparece.


O triunfador de hoje, passa, mais tarde, vencido...


*


A dor aflige, mas passa.


A carência aturde, porém um dia se preenche.


A debilidade orgânica deprime, todavia, liberta da paixão.


O silêncio que entristece, leva à meditação que felicita.


A submissão aflige, entretanto engrandece e enrija o caráter.


O fracasso espezinha, ao mesmo tempo ensina o homem a conquistar-se.


*


Todas as situações no mundo sensorial passam, mudam de posição e de forma.


A essência da realidade, porém, permanece sempre a mesma.


Nada é definitivo na aparência.


Apenas o que tem valor intrínseco é duradouro.


Quem, espontaneamente, se abstém dos sentidos e das exterioridades, sem mágoa nem frustração, encontrou a ciência de bem viver.



Joanna de Ângelis
Livro “Momentos de Meditação”

PERDOA-TE !



PERDOA-TE - Joanna de Angelis
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A palavra evangélica adverte
que se deve ser indulgente
para com as faltas alheias
e severo em relação às próprias.

Somente com uma atitude vigilante
e austera no dia-a-dia
o homem consegue a auto-realização.

Compreendendo que a existência carnal
é uma experiência iluminativa,
é muito natural que diversas aprendizagens
ocorram através de insucessos
que se transformam em êxitos,
após repetidas,
face aos processos que engendram.

A tolerância, desse modo,
para com as faltas alheias,
não pode ser descartada
no clima de convivência humana e social.

Sem que te acomodes à própria fraqueza,
usa também de indulgência para contigo.

Não fiques remoendo o acontecimento
no qual malograste,
nem vitalizes o erro
através da sua incessante recordação.

Descobrindo-te em gravame,
reconsidera a situação,
examinando com serenidade
o que aconteceu,
e regulariza a ocorrência.

És discípulo da vida
em constante crescimento.

Cada degrau conquistado
se torna patamar para novo logro.

Se te contentas, estacionando,
perdes oportunidades excelentes de libertação.

Se te deprimes e te amarguras
porque erraste,
igualmente atrasas a marcha.

Aceitando os teus limites
e perdoando-te os erros,
mais facilmente
treinarás o perdão
em referência aos demais.

Quando acertes,
avança, eliminando receios.

Quando erres,
perdoa-te
e arrebenta as algemas
com a retaguarda,
prosseguindo.

O homem que ama,
a si mesmo se ama,
tolerando-se
e estimulando-se
a novos e constantes cometimentos,
cada vez mais amplos
e audaciosos no bem.

Joanna de Ângelis

Livro: Filho de Deus

Autor: Divaldo Pereira Franco

LIBERTEMO-NOS !



LIBERTEMO-NOS - Andre Luiz
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O homem, na essência,
é um espírito imortal,
usando a vestimenta transitória
da vida física.

A existência regular no corpo terrestre
é uma série de alguns milhares de dias
- átomos de tempo na Imortalidade -
concedidos à criatura
para o aprendizado de elevação.

A Crosta do Mundo é o campo benemérito,
onde cada um de nós
realiza a sementeira do próprio destino.



A ciência é o serviço do raciocínio,
erguendo a escola do conhecimento.



A filosofia é o sistema
de indagação que auxilia a pensar.



A religião, porém, é a bússola brilhante,
indicando, desde a Terra,
o caminho da ascensão.

Todos nós somos herdeiros
da Sabedoria Infinita e do Amor Universal.



Entretanto, sem o arado do trabalho,
com que possamos adquirir os valores
inalienáveis da experiência,
prosseguiremos colados
ao seio maternal do Planeta,
na condição de lesmas pensantes.

Não repouses
à frente do dia rápido.



Abre os ouvidos
à sinfonia do bem,
que se derrama em toda parte.



Abre os olhos
à contemplação da verdade
que regenera e edifica.



Abre a mente aos ideais
superiores que refundem a existência.



Abre os braços
ao serviço salutar.



Descerra o verbo
à exaltação da bondade e da luz.



Abre as mãos
à fraternidade, auxiliando ao próximo.



Abre, sobretudo, o coração
ao amor que nos redime,
convertendo-nos fielmente
em companheiros
do Amigo Sublime das Criaturas;
que partiu do mundo,
de braços abertos na cruz,
oferecendo-se
à Humanidade inteira.



Cada inteligência
tocada pela claridade religiosa,
nas variadas organizações da fé viva,
é uma estrela que ilumina
os remanescentes da ignorância
e do egoísmo, no caminho terrestre.

Liberta-te
sobe à luz do píncaro,
a fim de iluminares a marcha
daqueles mais necessitados
que tu mesmo,
na jornada
de aperfeiçoamento
e libertação.



André Luiz



Livro: Apostilas da Vida

Psicografia de: Francisco C. Xavier

LIBERTE SUA ALMA !



LIBERTE SUA ALMA - Andre Luiz
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Não se prenda à beleza
das formas efêmeras.

A flor passa breve.



Não amontoe preciosidades
que pesem na balança do mundo.

As correntes de ouro
prendem tanto quanto as algemas de bronze.



Não se escravize às opiniões
da leviandade ou da ignorância.

Incitatus, o cavalo de Calígula,
podia comer num balde enfeitado de pérolas,
mas não deixava, por isso, de ser um cavalo.



Não alimente
a avidez da posse.

A casa dos numismatas vive repleta de moedas
que serviram a milhões e cujos donos desapareceram.



Não perca sua independência construtiva
a troco de considerações humanas.

A armadilha que pune o animal criminoso
é igual à que surpreende o canário negligente.



Não acredite no elogio que empresta
a você qualidades imaginárias.

Vespas cruéis por vezes
se escondem no cálice do lírio.



Não se aflija pela aquisição
de vantagens imediatas na experiência terrestre.

Os museus permanecem abarrotados
de mantos de reis e de outros
"cadáveres de vantagens mortas".


André Luiz



Livro: Agenda Cristã. Edição de Bolso, 3ª ed., 1999.
Autor: Francisco Cândido Xavier

ABRE A PORTA !



ABRE A PORTA - Emmanuel
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"E havendo dito isto,
assoprou sobre eles e disse-lhes:
Recebei o Espírito Santo." - (JOÃO, 20:22.)

Profundamente expressivas as palavras de Jesus aos discípulos,
nas primeiras manifestações depois do Calvário.

Comparecendo à reunião dos companheiros, espalha sobre eles o seu espírito de amor e vida, exclamando: "Recebei o Espírito Santo."

Por que não se ligaram as bênçãos do Senhor, automaticamente, aos aprendizes? por que não transmitiu Jesus, pura e simplesmente, o seu poder divino aos sucessores? Ele, que distribuíra dádivas de saúde, bênçãos de paz, recomendava aos discípulos recebessem os divinos dons espirituais. Por que não impor semelhante obrigação?

É que o Mestre não violentaria
o santuário de cada filho de Deus, nem mesmo por amor.

Cada espírito guarda seu próprio tesouro
e abrirá suas portas sagradas à comunhão com o Eterno Pai.

O Criador oferece
à semente
o sol
e a chuva,
o clima
e o campo,
a defesa
e o adubo,
o cuidado dos lavradores
e a bênção das estações,
mas a semente
terá que germinar
por si mesma,
elevando-se para a luz solar.


O homem recebe, igualmente,
o Sol da Providência
e a chuva de dádivas,
as facilidades da cooperação
e o campo da oportunidade,
a defesa do amor
e o adubo do sofrimento,
o carinho dos mensageiros de Jesus
e a bênção das experiências diversas;
todavia,
somos constrangidos
a romper por nós mesmos
os envoltórios inferiores,
elevando-nos para a Luz Divina.

As inspirações e os desígnios
do Mestre permanecem
a volta de nossa alma,
sugerindo modificações úteis,
induzindo-nos à legítima
compreensão da vida,
iluminando- nos através
da consciência superior,
entretanto,
está em nós
abrir-lhes
ou não a porta interna.

Cessemos, pois,
a guerra
de nossas criações inferiores
do passado
e entreguemo- nos,
cada dia,
às realizações novas de Deus,
instituídas a nosso favor,
perseverando em receber,
no caminho, os dons
da renovação constante,
em Cristo, para a vida eterna.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Vinha de Luz. Ditado pelo Espírito Emmanuel.

AÇÃO - BONDADE


AÇÃO - BONDADE - Joanna de Angelis
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A cobrança da gratidão
diminui o valor da dádiva.

O bem não tem preço,
pois que, à semelhança do amor,
igualmente não tem limite.

Quando se faz algo meritório
em favor do próximo
aguardando recompensa,
eis que se apaga a qualidade da ação,
em favor do interesse pessoal
grandemente pernicioso.

O Sol aquece
e mantém o planeta
sem qualquer exigência.

A chuva abençoa
o solo e o preserva rico,
em nome do Criador,
sustentando os seres
e se repete em períodos ritmados,
não pedindo nada.

O ar, que é a razão da vida,
existe em tão harmonioso
equilíbrio e discrição,
que raramente as criaturas
se dão conta
da sua imprescindibilidade.

*

Faze o bem com alegria e,
no ato de realizá-lo,
fruirás a sua recompensa.

Ajuda a todos com naturalidade,
como dever que te impões,
a favor de ti mesmo,
e te aureolarás de paz.

Se estabeleces qualquer condição
para ajudar,
desmereces a tua ação,
empalidecendo-lhe o valor.

Une-te ao exército anônimo
dos heróis e apóstolos da bondade.

Ninguém te saberá o nome,
no entanto, o pensamento
dos beneficiados
sintonizará com a tua generosidade
estabelecendo elos de ligação
e segurança para a harmonia no mundo.

Os que se destacam
na ação comunitária
e são aplaudidos,
homenageados, sabem que,
sem as mãos desconhecidas
que os ajudam,
coisa alguma poderiam produzir.


Assim, os benfeitores verdadeiros
são os da retaguarda
e não os que brilham
nos veículos da Comunicação.

Aproveita o teu dia
e vai semeando auxílios,
esparzindo bondade
de que esteja rica a tua vida,
e provarás o licor da alegria
na taça da felicidade de servir.


Divaldo P. Franco. Da obra: Episódios Diários. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

PORQUE DORMIS ?



POR QUE DORMIS ? - Emmanuel
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"E disse-lhes: Por que estais dormindo? Levantai-vos e orai, para que não entreis em tentação." - (LUCAS, capítulo 22, versículo 46.)

Nos ensinos fundamentais de Jesus, é imperioso evitar as situações acomodatícias, em detrimento das atividades do bem.

O Evangelho de Lucas, nesta passagem, conta que os discípulos "dormiam de tristeza", enquanto o Mestre orava fervorosamente no Horto. Vê-se, pois, que o Senhor não justificou nem mesmo a inatividade oriunda do choque ante as grandes dores.

O aprendiz figurará o mundo como sendo o campo de trabalho do Reino, onde se esforçará, operoso e vigilante, compreendendo que o Cristo prossegue em serviço redentor para o resgate total das criaturas.

Recordando a prece em Getsemani, somos obrigados a lembrar que inúmeras comunidades de alicerces cristãos permanecem dormindo nas convi vências pessoais, nos mesquinhos interesses, nas vaidades efêmeras. Falam do Cristo, referem-se à sua imperecivel exemplificação, como se fossem sonâmbulos, inconscientes do que dizem e do que fazem, para despertarem tão-só no instante da morte corporal, em soluços tardios.

Ouçamos a interrogação do Salvador e busquemos a edificação e o trabalho, onde não existem lugares vagos para o que seja inútil e ruinoso àconsciência.

Quanto a ti, que ainda te encontras na carne, não durmas em espírito, desatendendo aos interesses do Redentor. Levanta-te e esforça-te, porque é no sono da alma que se encontram as mais perigosas tentações, através de pesadelos ou fantasias.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caminho, Verdade e Vida. Ditado pelo Espírito Emmanuel

ORAÇÃO DA MIGALHA



ORAÇÃO DA MIGALHA - Meimei
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Senhor!

Quando alguém estiver em oração,
referindo-se à caridade,
faze que este alguém me recorde,
para que eu consiga
igualmente ajudar em teu nome.

Quantas criaturas me fitam,
indiferentes, e quantas me abandonam
por lixo imprestável!...

Dizem que sou moeda insignificante,
sem utilidade para ninguém;
contudo, desejo transformar-me
na gota de remédio para a criança doente.

Atiram-me a distância,
quando surjo na forma do pedaço de pão
que sobra à mesa;
no entanto, aspiro a fazer,
ainda, a alegria dos que choram de fome.

Muita gente considera que sou trapo velho
para o esfregão, mas anseio agasalhar
os que atravessam a noite, de pele ao vento...

Outros alegam que sou resto de prato
para a calha do esgoto,
posso converter-me na sopa generosa,
para alimento e consolo dos que jazem sozinhos,
no catre do infortúnio, refletindo na morte.

Afirmam que sou apenas migalha e,
por isso, me desprezam...

Talvez não saibam que, certa vez,
quando quiseste falar em amor,
narraste a história de uma dracma perdida e,
reportando-te ao reino de Deus,
tomaste uma semente de mostarda
por base de teus ensinos.

Faze, Senhor,
que os homens me aproveitem
nas obras do bem eterno !...

E, para que me compreendam
a capacidade de trabalhar.

Dize-lhes que, um dia,
estivemos juntos, em Jerusalém,
no templo de Salomão,
entre a riqueza dos poderosos
e as jóias faiscantes do santuário,
e conta-lhes que me viste e me abençoaste,
nos dedos mirrados de pobre viúva,
na feição de um vintém.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: O Espírito da Verdade. Ditado pelo Espírito Meimei.

AMAR NÃO É SOFRER



AMAR NÃO É SOFRER - Hammed
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"Perguntais se é permitido abrandar as vossas próprias provas: essa questão leva a esta: é permitido àquele que se afoga procurar se salvar? Àquele que tem um espinho cravado, de o retirar?..." - "... contentai-vos com as provas que Deus vos envia, e não aumenteis sua carga, às vezes tão pesada..." (Cap.V, item 26.)

Sofremos porque ainda não aprendemos a amar, afinal, a lei divina nos incentiva ao amor, como sendo a única forma capaz de promover o nosso crescimento espiritual.

Os métodos reais da evolução só acontecem em nós quando entramos no fluxo educativo do amor.

Sofrer por sofrer não tem significado algum, pois a dor tem como função resgatar as almas para as faixas nobres da vida, por onde transitam os que amam em plenitude.

Temos acumulado inúmeras experiências nas névoas dos séculos, em estâncias onde nossas almas estagiaram, e aprendido invariavelmente que somente repararíamos nossos desacertos e equívocos perante a vida através do binômio "dor-castigo".

Nas tradições da mitologia pagã, aprendemos com os deuses toda uma postura marcada pela dor. A princípio os duelos de Osíris, Set e Hórus, do antigo Egito.

Mais além, assimilamos "formas-pensamentos" das desavenças e vinganças entre Netuno e Júpiter no Olímpio, a morada dos deuses da Grécia.

Por outro lado, não foi somente entre as religiões idólatras que incorporamos essas formas de convicção, mas também nos conceitos do Velho Testamento, onde exercitamos toda uma forma de pensar, na exaltação da dor como um dos processos divinos para punir todos aqueles que se encontravam em falta.

A palavra "talião" significa "tal", do latim "talis", definida como a "Lei de Talião", ou seja, "Olho por olho, dente por dente". Significa que as criaturas deveriam ter como castigo a dor, "tal qual" fizeram os outros sentirem, sem se levar em conta que a idéia de que se tinha do poder divino era caracterizada por atributos profundamente punitivos.

Jó afirmava: "e Deus na sua ira lhes repartirá as dores", no Gênesis, em se referindo aos castigos da mulher: "multiplicarei os teus trabalhos e em meio da dor darás à luz a filhos", são algumas dentre muitas assertivas que nos levaram a formar crença profundas de que somente o sofrimento era capaz de sublimar as almas, ou reparar negligências, abusos e crimes.

No "Sermão do Monte", Jesus Cristo se refere à Lei de Talião revogando-a completamente: "Ouvistes que foi dito: Olho por olho e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais o mal; mas, se alguém te bater na face direita, apresenta-lhe também a outra". Longa foi a estiagem dos métodos corretivos pela dor, contudo o Mestre instalou na Terra o processo da educação pelo amor.

Apesar de Jesus ter invalidado a Lei do "tal crime, tal castigo", ela ainda prevalece para todos os seres humanos que não encontraram no amor uma forma de "viver" e "pensar".

Realmente, durante muito tempo, a dor terá função dentro dos imperativos da vida, estimulando as pessoas às mudanças e às renovações, por não aceitarem que o amor muda e renova e, portanto, utiliza-se dos "cilícios mentais", como meios de suplícios e tormentos, para se auto-punirem, pondo assim em prática toda sua ideologia de "exaltação à falta/punição".

Crenças não são simplesmente credos, máximas ou estímulos religiosos, mas também princípios orientadores de fé e de idéias, que nos proporcionam direção na vida. São verdadeiras forças que poderão limitar ou ampliar a criação do bem em nossa existência.

Mudar para o amor como método de crescimento, reformulando idéias e reestruturando os valores antigos é sairmos da posição de vítimas, mártires ou pobres coitados, facilitando a sintonização com as correntes sutis e amoráveis dos espíritos nobres que subiram na escala do Universo, amando.

Podemos, sim, "subtilizar" nossas energias cármicas, amando, ou "desgastá-las" penosamente, se continuarmos a reafirmar nossas crenças punitivas do passado.

Reforçar o "espinho cravado" ou não retirá-lo é opção nossa.

Lembremo-nos, porém, de que idéias arraigadas e adotadas seriamente por nós tendem a motivar-lhes a própria concretização.


Hammed
Francisco do Espírito Santo Neto
Livro Renovando Atitudes

RECADO DE AMOR !



RECADO DE AMOR - Maria Dolores
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Chama-se Aurora a nobre companheira,
Uma das que encontrei na hora derradeira
Do corpo cujo laço me prendia;
Mensageira da paz e da alegria,
É um misto de menina, flor e estrela...
Depois de longa convivência,
Em meu novo processo de existência,
Pude efetivamente conhecê-la.
Para logo notei que Aurora onde estivesse,
Ante os amigos de qualquer idade,
Lembrava um coração que, de todo, se desse
A tecer fios de felicidade
Para quem lhe escutasse as palavras de luz;
No entanto, aos poucos, vi que ela trazia
Extenso traço de melancolia,
Obscuro pesar, escondido e profundo.
Sem que eu nada indagasse, certa feita,
Ela me disse: - "Irmã Dolores,
Devo tornar ao mundo
Numa jornada estreita.
Irmã, onde estiveres, onde fores,
Roga ao Céu abençoe a luta que me leva
A socorrer um ente amado,
Para mim, tal qual filho desgarrado,
Nas veredas da treva..."
"Mas não podes, irmã, - perguntei, com cuidado, -
Ampará-lo daqui, sem renascer na Terra?"
- "Não, não posso, - ela disse, é na volta que insisto,
Já que em cinco existências, lado a lado,
Esse filho que eu amo é um homem transtornado
Que fugiu por orgulho à presença do Cristo."
Depois de semelhante entendimento,
Acompanhei-a, certa vez,
A fim de conhecer-lhe o ente amado
A quem se afeiçoara noutras eras...
Nele encontrei um cidadão prendado,
Esbanjando poder, nome e talento.
Conquanto homem de bem, de maneiras sinceras,
Casado, pai de um filho
Que ainda não chegara a contar quatro anos,
Professor e eminente cientista,
Emitia conceitos desumanos,
Se alguém falava em fé, expondo-se-lhe à vista.
Logo após, muitas vezes,
Ateu maior, entre os grandes ateus,
Dele escutei opiniões como estas:
- "Santos e religiões nessa história de Deus
São lendas de pessoas desonestas,
O espírito é ilusão da mente alucinada,
Quando a morte aparece, a vida é cinza e nada."
Mas Aurora voltou, - afeição renascida, -
Tomando dele próprio a sua nova vida.
A mãezinha querida, excelente senhora,
Por sugestão do Plano Superior,
Deu-lhe o nome de Aurora...
Tenra criança ainda, ela exprimia amor,
Impressionando ao pai com o luminoso olhar...
No regaço materno, era uma flor no lar.
Crescendo um tanto mais, era-lhe a companhia,
O pai achara nela a fonte da alegria...
Cinco anos apenas e a criança
Endereçava a ele assuntos tais,
Que o genitor se via em profunda mudança,
Nos seus próprios anelos paternais.
Assim que os dois se punham mais sozinhos,
Fosse em casa, nas praias, nos caminhos,
A pequena fazia indagações:
- "Papai, quem fez o mar assim tão grande?
Quem cultiva estas plantas que nós vemos?
Quem criou nossos pés para que a gente ande?
Quem segura no chão a casa em que vivemos?
Papai, quem dá comida aos pássaros na serra?
Quem fez o Sol? Será que o Sol assim, tão brilhante e tão quente,
É uma vela de Deus, iluminando a Terra?"
O pai ouvia a filha, enternecidamente,
E respondia, admirado:
- "Filhinha, vais crescer ao nosso lado,
Tudo compreenderás no momento preciso..."
E parava a pensar, sob longo sorriso.
Após algum silêncio, a expressar alegria,
Vendo as aves saltando, ramo em ramo,
Sempre agarrada ao pai, a pequena dizia:
- "Papai, de tudo o que já sei,
Sabe o que já falei?
Já falei à Mãezinha que eu te amo...
Mas, um dia surgiu... Há sempre um "mas"
Quando a vida feliz perde o gosto da paz.
A menina adoeceu, inesperadamente
E, após longa pesquisa, o médico anuncia
A presença de estranha leucemia...
Os pais lutaram quais leões, à frente
De um perigo mortal, no entanto, hora por hora,
Notam a pequenina e terna Aurora
A definhar e a definhar...
Até que, em certa noite, unidos a chorar,
Sem qualquer esperança que os conforte,
Viram-na repousar no silêncio da morte.
Lembrando um anjo lindo estruturado em cera,
A filhinha querida adormecera.
Dois meses sobre os traços da ocorrência,
A pedido de Aurora,
Fui visitar-lhe a residência.
Não mais achei ali a beleza de outrora...
Tentei buscar-lhe o pai que soube ausente
E encontrei-o num quadro comovente;
Estava triste e só num campo santo,
Tateando na lousa o nome da filhinha
E, demonstrando a mágoa que o retinha,
Falava em alta voz, encharcada de pranto:
- "Filha do coração, embora eu viva triste,
A verdade me diz que a morte não existe.
Anjo de paz e amor, é impossível morrer,
Vives hoje no Além, tanto quanto em meu ser...
Perder-te a companhia é toda a minha dor,
Não olvides teu pai, cansado e sofredor!...
Nunca te esquecerei, filha dos sonhos meus,
A saudade de ti trouxe-me a luz de Deus..."
Então, pude anotar
Naquela inteligência em supremo pesar,
Mostrando o coração sem disfarce e sem véus,
Que toda vida curta, ao brilhar e morrer,
Para quem ama e fica, ante o mundo a sofrer,
É um recado de amor no correio dos Céus!...


(Do livro "A Vida Conta", pelo Espírito Maria Dolores, Francisco Cândido Xavier)

SAUDE E AMOR !



SAUDE E AMOR - Scheilla
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Se buscas a saúde física e psíquica
de forma integral, aprende a amar.

Assim como a linfa que brota da fonte
converte-se no rio que irriga
o solo por onde passa,
o amor que nasce do coração fraterno
transforma-se em energia luminosa,
favorecendo o equilíbrio das células.

Quem já aprendeu o valor do verdadeiro amor
sabe sair de si mesmo
para ir ao encontro do semelhante.

Por isso, não conhece a solidão.


Clayton Levy – Scheilla (espírito)

VIVER É AMAR !



VIVER É AMAR - Joanna de Angelis
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Caminhas, na Terra, experimentando carência afetiva e aflição, que
acreditas não ter como superar.


Sorris, e tens a impressão de que é um esgar que te sulca a face.

Anelas por afetos e constatas que a ninguém inspiras amor,
atormentando- te, não poucas vezes, e resvalando
na melancolia injustificável.

Planejas a felicidade e lutas por consegui-la, todavia, descobre-te a
sós, carpindo rude angústia interior.

Gostarias de um lar em festa, abençoado por filhos ditosos e um
amor dedicado que te coroassem a existência com os louros da felicidade.

Sofres e consideras-te desditoso.

Ignoras, no entanto, o que se passa com os outros, aqueles que se te
apresentam felizes, que desfilam nos carros do aparente triunfo,
sorridentes e engalanados.

Também eles experimentam necessidades urgentes, em outras áreas, não menos
afligentes que as tuas.

Se os pudesses auscultar, perceberias como te invejam alguns daqueles cuja
felicidade cobiças...

A vida, na Terra, é feita de muitos paradoxos. E isto se dá em razão de
ser um planeta de provações, de experiências reeducativas, de
expiações redentoras.

Assim, não desfaleças, porquanto este é o teu carma de solidão.

Faze, desse modo, uma pausa, nas tuas considerações pessimistas e muda
de atitude mental, reintegrando- te na ação do bem.

O que ora de falta, malbarataste.

Perdeste, porque descuraste enquanto possuías, o de que agora tens
necessidade.

A invigilância levou-te ao abuso, e delinqüiste contra o amor.

A tua consciência espiritual sabe que necessitas de expungir e de
reparar, o que te leva, nas vezes em que o júbilo te visita, a retornar
à tristeza, rememorar sofrimentos, fugindo para a tua solidão...

Além disso, é muito provável que, aqueles a quem magoaste, não se
havendo recuperado, busquem-te, psiquicamente, assim te afligindo.

Reage com otimismo à situação e enriquece-te de propósitos superiores,
que deves pôr em execução.

Ama, sem aguardar resposta.

Serve, sem pensar em recompensa.

O que ora faças no Bem, atenuará, liberará o que realizaste
equivocadamente e, assim, reencontrar- te-as com o amor, em nome d'Aquele que
permanece até agora entre nós como sendo o Amor não amado, porém, amoroso
de sempre.


[Joanna de Ângelis]
[Divaldo Franco]
[Viver é Amar]

PONDERAÇÃO !



PONDERAÇÃO- Bezerra de Menezes
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Diante do mal quantas vezes!...


Censuramos o próximo...

Desertamos do testemunho da paciência...

Criticamos sem pensar...


Abandonamos companheiros infelizes à própria sorte...

Esquecemos a solidariedade...

Fugimos ao dever de servir...

Abraçamos o azedume...

Queixamo-nos uns dos outros...

Perdemos tempo em lamentações...

Deixamos o campo das próprias obrigações...


Avinagramos o coração...
Desmandamo-nos na conduta...

Agravamos problemas...

Aumentamos o próprios débitos...

Complicamos situações...

Esquecemos a prece...

Desacreditamos a fraternidade...

E, às vezes, olvidamos até mesmo a fé viva em Deus...

Entretanto a fórmula da vitória sobre o mal ainda e sempre é

aquela senha de Jesus:



AMAI-VOS UNS AOS OUTROS COMO EU VOS AMEI!!...



(Do livro "Visão Nova", Bezerra de Menezes, Francisco Cândido Xavier)

O PODER DO AMOR !



O PODER DO AMOR -Joanna de Angelis
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Acredita no amor e vive-o plenamente.

Qualquer expressão de afetividade propicia renovação de entusiasmo, de qualidade de vida, de metas felizes em relação ao futuro.

O amor não é somente um meio, porém o fim essencial da vida.

Emanado pelo sentimento que se aprimora, o amor expressa-se, a princípio, asselvajado, instintivo, na área da sensação, e depura-se lentamente, agigantando-se no campo da emoção.

Quando fruído, estimula o organismo e oferece-lhe reações imunológicas, que proporcionam resistência às células para enfrentar os invasores perniciosos, que são com batidos pelos glóbulos brancos vigilantes.

A força do amor levanta as energias alquebradas, e torna-se essencial para a preservação da vida.

Quando diminui, cedendo lugar aos mecanismos de reação pelo ciúme, pelo ressentimento, pelo ódio, favorece a degeneração da energia vital, preservadora do equilíbrio fisiopsíquico, ensejando a instalação de enfermidades variadas, que trabalham pela consumpção dos equipamentos orgânicos...

Situação alguma, por mais constrangedora, ou desafio, por maior que se apresente, nas suas expressões agressivas, merecem que te niveles à violência, abandonando o recurso valioso do amor.

Competir com os não-amáveis é tornar-se pior do que eles, que lamentavelmente ainda não despertaram para a realidade superior da vida.

Amá-los é a alternativa única à tua disposição, que deves utilizar, de forma a não te impregnares das energias deletérias que eles exalam.

Envolvê-los em ondas de afetividade é ato de sabedoria e recurso terapêutico valioso, que lhes modificará a conduta, senão de imediato, com certeza oportunamente.

O amor solucionará todos os teus problemas. Não impedirá, porém, que os ten
has, que sejas agredido, que experimentes incompreensão, mas te facultará permanecer em paz contigo mesmo.

É possível que não lhe vejas a florescência, naquele a quem o ofertas, no entanto, a sociedade do amanhã vê-lo-á enfrutecer e beneficiar as criaturas que virão depois de ti. E isto, sim, é o que importa.

Quando tudo pareça conspirar contra os teus sentimentos de amor, e a desordem aumentar, o crime triunfar, a loucura aturdir as pessoas em volta, ainda aí não duvides do seu poder. Ama com mais vigor e tranqüilidade, porque esta é a tua missão na Terra - amar sempre.

Crucificado, sob superlativa humilhação, Jesus prosseguiu amando e em paz, iniciando uma Era Nova para a Humanidade, que agora lhe tributa razão e amor.
Joanna de Ângelis

FRANCO, Divaldo Pereira. Momentos Enriquecedores. Pelo Espírito Joanna de Ângelis

SERVIR PARA MERECER !



SERVIR PARA MERECER -Batuira
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Finalizando as nossas atividades na noite de 4 de agosto de 1955, tivemos a palavra do grande companheiro Antônio Gonçalves Batuíra, denodado pioneiro do Espiritismo no Estado de São Paulo, que, de modo vibrante, nos convocou ao valor moral para mais alto padrão de eficiência da nossa tarefa espírita.

Meus irmãos, que a divina bondade de Nosso Senhor Jesus - Cristo seja louvada.

Pedir é mais que natural, no entanto, é razoável saber o que pedimos.

Habitualmente trazemos para o Espiritismo a herança do menor esforço, haurida nas confissões religiosas que nos viciaram a mente no culto externo excessivo, necessitando, assim, porfiar energicamente para que a vocação do petitório sistemático ceda lugar ao espírito de luta com que nos cabe aceitar os desafios permanentes da vida.

No intercâmbio com as almas desencarnadas, procedentes da esfera que vos é mais próxima, sois surpreendidos por todos os tipos de queda espiritual.

Sob tempestades de ódio e lágrimas, desesperação e arrependimento, consciências culpadas ou entorpecidas vos oferecem o triste espetáculo da derrota interior a que foram atiradas pelo próprio desleixo.

É que, soldados da evolução, esqueceram as armas do valor moral e da vontade firme com que deveriam batalhar na Terra, na aquisição do próprio aprimoramento, passando à condição parasitária daqueles que recebem dos outros sem darem de si e acabando o estágio humano, à feição de fantasmas da hesitação e do medo, a se transferirem dos grilhões da preguiça e da pusilanimidade à escravidão àquelas Inteligências brutalizadas no crime que operam, conscientemente, nas sombras.

Levantemo-nos para viver como alunos dignos do educandário que nos recolhe!
Encarnados e desencarnados, unamo-nos no dinamismo do bem para situar, sempre mais alto, a nossa oportunidade de elevação.

É inútil transmitir a outrem o dever que nos compete, porque o tempo inflexível nos aguarda, exigindo-nos o tributo da experiência, sem o qual não nos será possível avançar no progresso justo.

Todos possuímos escabroso pretérito por ressarcir, e, dos quadros vivos desse passado delituoso, recolhemos compulsoriamente os reflexos de nossos laços inferiores que, à maneira de raízes do nosso destino, projetam sobre nós escuras reminiscências.

Todos temos aflições e dúvidas, inibições e dificuldades, e, sem elas, certamente
estaríamos na posição da criatura simples, mas selvagem e primitivista, indefinidamente privada do benefício da escola.

Clareemos o cérebro no estudo renovador e limpemos o coração com o esmeril do trabalho, e, então, compreenderemos que o Senhor nos emprestou os preciosos dons que nos valorizam a existência, não para rendermos culto às facilidades sem substância, engrossando a larga fileira dos pedinchões e preguiçosos inveterados, mas sim para que sejamos dignos companheiros da luz, caminhando ao encontro de seu amor e de sua sabedoria, com os nossos próprios pés.

Saibamos, assim, aprender a servir para merecer.





pelo Espírito Batuíra - Do livro: Vozes do Grande Além, Médium: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos

COOPEREMOS FIELMENTE !


COOPEREMOS FIELMENTE -Emmanuel
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"Pois somos cooperadores de Deus."
Paulo (I Coríntios, 3:9.).
O Pai é o Supremo Criador da Vida, mas o homem pode ser fiel cooperador dEle.

Deus visita a criatura pela própria criatura.

Almas cerradas sobre si mesmas declarar-se-ão incapazes de serviços nobres; afirmar-se-ão empobrecidas ou incompetentes.

Há companheiros que atingem o disparate de se proclamarem tão pecadores e tão maus que se sentem inabilitados a qualquer espécie de concurso sadio na obra cristã, como se os devedores e os ignorantes não necessitassem trabalhar na própria melhoria.

As portas da colaboração com o divino amor, porém, permanecem constantemente abertas e qualquer homem de mediana razão pode identificar a chamada para o serviço divino.

Cultivemos o bem, eliminando o mal.

Façamos luz onde a treva domine.

Conduzamos harmonia às zonas em discórdia.

Ajudemos a ignorância com o esclarecimento fraterno.

Seja o amor ao próximo nossa base essencial em toda construção no caminho evolutivo.

Até agora, temos sido pesados à economia da vida.

Filhos perdulários, ante o Orçamento Divino, temos despendido preciosas energias em numerosas existências, desviando-as para o terreno escuro das retificações difíceis ou do cárcere expiatório.

Ao que nos parece, portanto, segundo os conhecimentos que possuímos, por "acréscimo de misericórdia", já é tempo de cooperarmos fielmente com Deus, no desempenho de nossa tarefa humilde.

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Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Vinha de Luz.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.

COLABORAÇÃO !



COLABORAÇÃO - Emmanuel
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Em sua condição de movimento renovador das consciências, a Nova Revelação vem despertar o homem para o lugar determinado que a Providência lhe confere, esclarecendo-o, acima de tudo, de que o egoísmo, filho da ignorância e responsável pelos desvarios da alma, é perigosa ilusão. Trazendo-nos a chave dos princípios religiosos, vem compelir-nos à observância das leis mais simples da vida, revelando-nos o impositivo de colaboração a que não conseguiremos fugir.

A vida, pródiga de sabedoria em toda parte, demonstra o princípio da cooperação, em todos os seus planos.

O verme enriquece a terra e a terra sustenta o verme.

A fonte auxilia as árvores e as árvores conservam a fonte.

O solo ampara a semente e a semente valoriza o solo.

As águas formam as nuvens e a nuvens alimentam as águas.

A abelha ajuda a fecundação das flores e as flores contribuem com as abelhas no fabrico do mel.

Um pão singelo é gloriosa síntese do trabalho de equipe da natureza. Sem as lides da sementeira, sem as dádivas do Sol, sem as bênçãos da chuva, sem a defesa contra os adversários da lavoura, sem a assistência do homem, sem o concurso do moinho e sem o auxílio do forno, o pão amigo deixaria de existir.

Um casaco inexpressivo é fruto do esforço conjugado do fio, do tear, da agulha e do alfaiate, solucionando o problema da vestidura.

Assim como acontece na esfera das realizações materiais, a Nova Revelação convida-nos, naturalmente, a refletir sobre a função que nos cabe na ordem moral da vida.

Cada criatura é peça significativa na engrenagem do progresso.

Todos possuímos destacadas obrigações no aperfeiçoamento do espírito.

Alma sem trabalho digno é sombra de inércia no concerto da harmonia geral.

Cérebros e corações, mãos e pés, em disponibilidade , palavras ocas e pensamentos estanques constituem congelamento deplorável do serviço da evolução.

A vida é a força divina que marcha para diante.

Obstruir-lhe a passagem, desequilibrar-lhe os movimentos, menoscabar-lhe os dons e olvidar-lhe o valor é criar aflição e sofrimento que se voltarão, agora ou mais tarde, contra nós mesmos.

Precatem-se, portanto, aqueles que julgam encontrar na mensagem do Além o elixir do êxtase preguiçoso e improdutivo.

O mundo espiritual não abriria suas portas para consagrar a ociosidade.

As almas que regressam do túmulo indicam a cada companheiro da Terra a importância da existência na carne, acordando-lhe na consciência não só a responsabilidade de viver, mas também a noção do serviço incessante do bem, como norma de felicidade imperecível.

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Roteiro.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.

CARIDADE E DEVER !



CARIDADE E DEVER - Andre Luiz
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Troquemos, de quando em quando,os grandes conceitos da caridade pelos atos miúdos que lhe confirmem a existência.

Não apenas os feitos de elevado alcance e os gestos heróicos dignos da imprensa. Beneficência no cotidiano, Obra assistencial de cada um.

Calar o momento indiscreto.

Não empurrar os outros na condução coletiva.

Evitar os serviços de última hora, nas instituições de qualquer espécie, aliviando companheiros que precisam do ônibus em horário certo para o retorno à família.

Reprimir o impulso de irritação e falar normalmente com as pessoas que nada têm a ver com os nossos problemas.

Aturar sem tiques de impaciência a conversação do amigo que ainda não aprendeu a sintetizar.

Ouvir, qual se fosse pela primeira vez, um caso recontado pelo vizinho em lapso de memória.

Poupar o trabalho de auxiliares e cooperadores, organizando anotações prévias de encomendas e tarefas por fazer, para que não se convertam em andarilhos por nossa conta.

Desistir de reclamações descabidas diante de colaboradores que não têm culpa das questões que nos induzem à pressa, nas organização de cujo apoio necessitamos.

Pagar sem delonga o motorista ou a lavadeira, o armazém ou a farmácia que nos resolvem as necessidades, sem a menor obrigação de nos prestarem auxílio.

Respeitar o direito do próximo sem exigir de ninguém virtudes que não possuímos ou benefícios que não fazemos.

Todos pregamos reformas salvadoras.

Guardemos bastante prudência para não nos fixarmos inutilmente nos dísticos de fachada.

Edificação social, no fundo, é caridade e caridade vem de dentro. Façamos uns aos outros a caridade de cumprir o próprio dever.





pelo Espírito André Luiz - Do livro: Sol nas Almas, Médium: Waldo Vieira

LUZ NA LAMPADA !



LUZ NA LAMPADA - Batuira
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Não nos achamos a sós,
nem relegados às nossas próprias forças.

Conosco está o Senhor,
como a energia da usina
está na lâmpada singela.

Trabalhemos, confiantes.

Realmente estamos todos,
nos círculos doutrinários do Espiritismo Evangélico,
assediados pelo tumulto de sombras
desencadeadas pela época de transição
que o mundo atravessa.

Isso, porém, no domínio das realidades espirituais,
é natural como a tormenta no oceano.

Impossível sofrear os elementos em desvario,
mas justo e necessário que cada embarcação
esteja firme sob o leme seguro.

Até certo ponto é preciso saibamos ceder
ao vento rijo, permitindo que ele passe sobre nós
sem que lhe ofereçamos demasiada resistência,
a fim de não gastarmos em vão nossos recursos.

Mobilizemos trabalho e vigilância,
mas também humildade e paciência.

Nesse sentido rogamos aos companheiros de serviço terrestre
socorrerem os irmãos transviados nas trevas, sem se deixarem influenciar por eles.

Amparar o doente sem absorver-lhe a enfermidade.

Ouvir os infelizes e consolá-los,
contudo, entregá-los ao Senhor
porque apenas o Senhor possui recursos suficientes
para guiá-los e nutri-los, renová-los e restabelecê-los como é preciso.




pelo Espírito Batuira - Do livro: Mais Luz, Médiuns: Francisco Cândido Xavier

ELA !



ELA - Rodrigues de Abreu
*********************

Onde ela passa qual estrela,
Célere e luminosa,
Varrendo a escuridão da vida humana,
O carvão da miséria
Faz-se bendito lume,
Atraindo as mãos frias
De velhos e crianças
Que soluçam na sombra.

Onde ela passa docemente,
Por divina visto
Entre as campas do mundo,
Toda planta esmagada
Reverdece de nova
Ao brilho da esperança.

Onde ela passa generosa,
Sabre a lama da Terra,
Lírios brotam do charco,
Perfumados e puros,
Coma bênçãos do Céu
Projetadas no lodo.

Ninguém lhe ouviu jamais qualquer palavra
De azedia ou censura.

Apenas a vaidade muitas vezes
Lhe toma a retaguarda
E espalha o pessimismo
Nos corações, em torno,
Comentando, agressiva,
À torva indiferença
Dos que bebem a sós
O vinho da ilusão
E devoram cruéis,
O pão da mesa farta,
Dando sobras ao mofo,
Atolados na usura que a aura anestesia.

Ela passa, entretanto,
Nobre, serena e bela,
Em profundo silêncio,
Educando e servindo
Sem que ninguém lhe escute sequer o próprio hálito...
Porquanto, em tudo e em todos,
É sempre a Caridade — a Luz que veio de Deus.





pelo Espírito Rodrigues de Abreu - Do livro: Antologia dos Imortais, Médiuns: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.

ESTENDA A MÃO !



ESTENDA A MÂO ! - Emmanuel
**************************************

Mas Paulo respondeu: que fazeis vós, chorando e magoando-me o coração.
– Atos, 21:13.


Constitui passagem das mais dramáticas nos Atos dos Apóstolos aquela em que Paulo de Tarso se prepara, à frente dos testemunhos que o aguardavam em Jerusalém.

Na alma heróica do lutador não paira qualquer sombra de hesitação.

Seu espírito, com sempre, está pronto.

Mas, os companheiros choram e se lastimam; e, do coração sensível e valoroso do batalhador do Evangelho, flui a indagação dolorosa.

Não obstante a energia serena que lhe domina a organização vigorosa,

Paulo sentia falta de amigos tão corajosos quanto ele mesmo.

Os companheiros que o seguiam estavam sinceramente dispostos ao sacrifício, entretanto, não sabiam manifestar os sentimentos da alma fiel.

É que o pranto ou a lamentação jamais ajudam, nos instantes de testemunho difícil. Quem chora, ao lado de um amigo em posição perigosa, desorganiza-lhe a resistência.

Jesus chorou no Horto, quando sozinho, mas, em Jerusalém, sob o peso da cruz, roga às mulheres generosas que O amparavam a cessação das lágrimas angustiosas.

Na alvorada da Ressurreição, pede a Madalena esclareça o motivo do pranto, junto ao sepulcro.

A lição é significativa para todo o aprendiz.

Se um ente amado permanece mais tempo sob a tempestade necessária, não te entregues a desesperos inúteis.

A queixa não soluciona problemas.

Ao invés de magoá-lo com soluços, aproxima-te dele e estende-lhe as mãos.

Emmanuel


Pão Nosso – Psicografia: Francisco Cândido Xavier

AJUDA SEMPRE !



AJUDA SEMPRE ! - Emmanuel
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Não desesperes, nas trevas da noite,
ainda mesmo quando o frio da adversidade
te fira o coração.

Foge à nuvem que te obscurece
o entendimento e escuta
as aflições a se alongarem, junto de ti...

Perceberás os que soluçam nas grades da dore da morte,
os que gemem nas garras do crime,
os que foram mutilados no berço,
os que jazem no catre do infortúnio
e os que choram sem esperança ...

Aqui, doentes e velhos abandonados
estendem-te as mãos que a fome açoita,
além, mães infelizes e crianças sem lar te mostram faces lívidas! ...

Por que o desânimo e a deserção,
quando ainda podes auxiliar?

Trazes o coração em chagas abertas,
mas possuis mente clara e braços livres.

Recorda que uma frase de boa vontade
e um sorriso fraterna
podem fazer o sol e a paz em muitas vidas.

Consola e a consolação
se fará música em tua alma.

Levanta os caídos
e serás sustentado.

Reparte o teu pão com amor
e o amor dos outros santificará o pão que te alimenta.

Através das próprias lágrimas,
inflama a alegria no peito do semelhante
e a alegria que acendes te aquecerá o peito gélido.

Ora no altar da coragem,
contemplando as estrelas que fulguram, além da sombra...

Todo nevoeiro
chega e passa.

Em breves horas,
raiará outro dia.

E as migalhas do bem que tiveres semeado
ser-te-ão farta e sublime colheita de luz...

Ajuda sem perguntar,
ajuda e segue, ajuda sempre...

Lembra-te de que o Mestre
que procuramos passou na terra,
amparando e perdoando,
auxiliando e servindo,
e nas horas derradeiras
de seu apostolado de redenção,
aceitou o sacrifício e a morte na cruz,
flagelado e oprimido,
mas de braços abertos.


Do livro Correio Fraterno. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

AJUDA, MEU FILHO !



AJUDA, MEU FILHO! - Meimei
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Não passes distraído,
diante da dor.

Nesses semblantes que o sofrimento descoloriu
e nessas vozes fatigadas em que a tortura plasmou
a escala de todos os gemidos,

Jesus, o nosso Mestre Crucificado,
continua incompreendido e esfalecente.

Nessas longas multidões de aflitos
e infortunados, encontrarás a nossa própria família.

Quantos deles albergaram esperanças iguais
àquelas que nos alimentam os sonhos,
sem qualquer oportunidade de realização?


quantos tentaram atingir a presença da luz,
incapazes de vencer a opressão das trevas?

Essas crianças caídas no berço da angústia,
esses enrugados velhinhos sem ninguém,
essas criaturas que a ignorância
e a provação mergulharam no poço da enfermidade
ou no espinheiro do crime, são nossos irmãos,
à frente do Eterno Pai.

Estende-lhes tua alma
na dádiva que possas oferecer,
guardando a certeza de que amanhã,
provavelmente, estarás também suspirando
pelo bálsamo do socorro na bênção
de um pão ou na luz de uma prece amiga.

*
Recorda que as mãos hoje por ti libertadas
dos grilhões do infortúnio, podem ser aquelas
que, amanhã, chegarão livres e luminosas, em teu auxílio.

Ao pé de cada coração desventurado,
Jesus nos espera em silêncio.

Auxilia, meu filho e,
na doce melodia do bem,
ainda mesmo que dificuldades e sombras
te ameacem a luta, ouvirás, no imo do coração,
a voz do Divino Mestre
a encorajar-te,
paciente e amoroso:

"Tem bom ânimo! Eu estou aqui".
*
Dispõe-te a compreender,
a fim de que possas auxiliar.

Compadece-te
de teus pais,
de teus filhos,

de teus irmãos,
de teus amigos
e adversários.
*
Os golpes sublimes da Vontade Superior
sobre os nossos desejos serão recursos
do máximo proveito para o nosso próprio futuro.

*
(De "Sentinelas da Alma", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Meimei)

FILHOS AMEMO-NOS !



"Filhos, amemo-nos ... - Bezerra de Menezes
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"Filhos, o Senhor nos abençoe.

Reunidos à luz da prece, agradecemos ao Senhor as alegrias recebidas e suplicamos novo amparo, a fim de que se nos refaçam as energias para o dever a cumprir.

Estamos reunidos – repetimos – e cada um de nós se caracteriza por mensageiro de problemas determinados perante o Senhor. Entretanto, ser-nos-á útil, decerto, comparar-nos a problemas diversos para Ele mesmo, o Eterno Amigo, que nos tutelou, perante a Divina Bondade, considerando-nos os destinos perante a Imortalidade.

E, nessa condição, ouçamos a voz da nossa própria Doutrina, através da mensagem de amor que ela irradia, com o fim de entendermos o amor como sendo a chave de solução para todos os enigmas que nos desafiam a alma nas trilhas da evolução.

E é nesse amor a se expressar, como sendo a caridade em ação, que surpreendemos o grande Caminho.

Toda vez, filhos, em que se nos apresente a necessidade alheia, eis aí para nós a oportunidade e a lição, a luz e a benção.

Semelhante necessidade se pluraliza de modos múltiplos. É a injúria que nos visita a pedir-nos compreensão e bondade; é a sombra da incompreensão a exigir-nos entendimento e fraternidade; é a dor a solicitar-nos e lenimento; é a lágrima a reclamar-nos consolo e esperança; é a penúria a esperar de nós braços socorredores que lhe atenue os padecimentos.

Reconheçamos, dessa forma, na condição de companheiros do Cristo, que anseia agir por nossas mãos e ver com os nossos olhos, abençoar com a nossa voz e amparar com o nosso discernimento na construção do Reino do Amor e Luz a que fomos trazidos, não só para teorizar e aguardar, mas também para renovar e fazer, elevar e construir.

Tudo, pois, queridos filhos, que pudermos realizar, se condensa na conjugação ativa do verbo servir.

E servindo, encontraremos a solução para todas as nossas lutas e a resposta para todas as nossas indagações.

Edifiquemos o bem e o bem se nos levantará na existência em abrigo capaz de nos resguardar contra todos as vicissitudes da vida.

Comecemos, assim, de nossos próprios lares e de nossas próprias instituições, em cujas tarefas somos solicitados aos mais difíceis testemunho do Evangelho vivo e ativo, em cujo clima, por fim, conseguiremos o Conhecimento Melhor para a conquista da Vida Maior.

Se não é possível, desse modo, algo vos dizer, tomamos a liberdade de repetir-vos:

- Filhos, amemo-nos como o Senhor nos amou e todos os nossos problemas serão resolvidos para que a felicidade nos tome finalmente à sua própria conta, investindo-nos na posse da Vida Eterna.

Conosco seja a paz do Senhor, hoje e sempre.





Espírito Bezerra de Menezes - Do livro Servidores no Além

A ESMOLA MAIOR



A ESMOLA MAIOR- Emmanuel
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No estudo da caridade,
não olvides a esmola maior
que o dinheiro não consegue realizar.

Ela é o próprio coração
a derramar-se, sublime,
irradiando o amor por sol
envolvente da vida.

No lar, ela surge no sacrifício
silencioso da mulher que sabe exercer o perdão
sem alarde para com as faltas do companheiro,
na renúncia materna do coração que se oculta,
divino, aprendendo a morrer cada dia,
para que a paz e a segurança imperem
no santuário doméstico,
no homem nobre e reto que desculpa
as defecções da esposa enganada
sem cobrar-lhe tributos de aflição,
nos filhos laboriosos e afáveis
que procuram retribuir com ternura
incessante para com os pais sofredores
as dívidas do berço que todo ouro da Terra
não conseguiria jamais resgatar...

No ambiente do serviço profissional
é o esquecimento espontâneo das ofensas
entre os que dirigem e os que obedecem,
tanto quanto o concurso desinteressado
e fraterno dos companheiros
que sabem sorrir nas horas graves,
ofertando cooperação e bondade
para que o estímulo ao bem
seja o clima de quantos lhes comungam a experiência...


No campo social
é a desistência da pergunta maliciosa,
a abstenção dos pensamentos indignos,
o respeito sincero e constante,
a frase amiga e generosa
e o gesto de compreensão
que se exprime sem paga...

Na via pública é a gentileza
que ninguém pede,
a simplicidade que não magoa,
a saudação de simpatia
ainda mesmo inarticulada
e a colaboração imprevista
que o necessitado espera
de nós muitas vezes sem coragem
de alongar-nos qualquer apelo...

Acima de tudo,
lembra-te da esmola maior de todas,
da esmola santa
que pacifica o ambiente
que o Senhor nos situa,
que nos honra os familiares
e enriquece de bênçãos o ânimo dos amigos

– a esmola de nosso dever bem cumprido,

porquanto, no dia em que todos
nos consagrarmos,
ao fiel desempenho de nossas próprias obrigações,
o anjo da caridade
não precisará desfalecer
de angústia
nos cárceres da miséria terrena,
de vez que a fraternidade pura
estará reinando conosco
na celeste exaltação
da perfeita alegria.

Centro Espírita Luiz Gonzaga
Pedro Leopoldo – MG 09.09.1957
Fonte: livro “Marcas do Caminho”
Psicográfia: Francisco Cândido Xavier

DIANTE DA CONSCIENCIA



DIANTE DA CONSCIENCIA - Andre Luiz - Emmanuel
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A vontade do Criador, na essência,
é, para nós, a atitude mais elevada
que somos capazes de assumir,
onde estivermos, em favor de todas as criaturas.

Quem vem a ser,
porém, essa atitude mais elevada
que estamos chamados a abraçar,
diante dos outros?

Sem dúvida,
é a execução do dever
que as leis do Eterno Bem
nos preceituam para a felicidade geral,
conquanto o dever adquira especificações
determinadas, na pauta das circunstâncias.

Vejamos alguns dos nomes
que o definem, nos lugares e condições
em que somos levados a cumpri-lo:

na conduta - sinceridade;
no sentimento - limpeza;
na idéia - elevação;
na atividade - serviço;
no repouso - dignidade;
na alegria - temperança;
na dor - paciência;
no lar - devotamento;
na rua - gentileza;
na profissão - diligência;
no estudo - aplicação;
no poder - liberalidade;
na afeição - equilíbrio;
na corrigenda - misericórdia;
na ofensa - perdão;
no direito - desprendimento;
na obrigação - resgate;
na posse - abnegação;
na carência - conformidade;
na tentação - resistência;
na conversa - proveito;
no ensino - demonstração;
no conselho - exemplo.

Em qualquer parte ou situação,
não hesites quanto à atitude mais elevada
a que nos achamos intimados
pelos Propósitos Divinos,
diante da consciência.

Para encontrá-la, basta
procures realizar o melhor de ti mesmo,
a benefício dos outros,
porquanto,
onde e quando te esqueces
de servir em auxílio ao próximo,
aí surpreenderás a vontade de Deus que,
sustentando o Bem de Todos,

nos atende ao anseio de paz e felicidade,
conforme a paz e a felicidade que ofereçamos a cada um.




(De "Estude e Viva", de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira,
pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz)

sexta-feira, 27 de maio de 2011

INSTANTE DIVINO !



INSTANTE DIVINO - Jose de Castro
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Não deixes passar, desapercebido, o teu divino instante de ajudar.

Surge, várias vezes nos sessenta minutos de cada hora, concitando-te ao enriquecimento de ti mesmo.

Repara, vigilante.

Aqui, é o amigo que espera por uma frase de consolo. Ali, é alguém que te roga insignificante favor.

Além, é um companheiro exausto no terreno árido das provas, na expectativa de um gesto de solidariedade.

Acolá, é um coração dorido que te pede algumas páginas de esperança. Mais além, é um velhinho que sofre e a quem um simples sorriso teu pode reanimar.

Agora, é um livro edificante que podes emprestar ao irmão de luta. Depois, é o auxílio eficiente com que será possível o socorro ao próximo necessitado.

Não te faças desatento.

Não longe de tua mesa, há quem suspire por um caldo reconfortante. E, enquanto te cobres, feliz, há quem padeça frio e nudez, em aflitiva expectação.

As horas voam.

Não te detenhas.

Num simples momento, é possível fazer muito.

Ao teu lado, a multidão das necessidades alheias espera por teu braço, por tua palavra, por tua compreensão...

Vale-te, pois, do instante que foge e semeia bênçãos para que o mundo não se empobreça de miséria e, em se fazendo hoje mais rico de amor, possa fazer-te, amanhã, mais rico de luz.

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Relicário de Luz.
Ditado pelo Espírito José de Castro.

MODIFICANDO !



MODIFICANDO - Emmanuel
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NÃO PODES MODIFICAR

Não podes modificar o mundo
na medida dos próprios anseios,
mas podes mudar a ti próprio.

Aprende
a ganhar simpatia,
sabendo perder.


Ouvindo sempre mais
e falando um tanto menos,
conseguirás numerosos recursos

que te favorecem a própria renovação.

Não reclames.
Restaura.

Nem grites.
Auxilia.

Asserena-te
e serve.

Crê, trabalha
e confia.

Não acuses ninguém.

A Justiça vê tudo.

Provações aparecem?
Silencia e trabalha.

Carência de recursos?
Deus nos supre de forças.

Plantando a felicidade dos outros,
encontraremos a nossa própria felicidade.


Procuremos a vida,
descerrando nosso coração
ao trabalho incessante do Bem Infinito...

Porque, na realidade,
só aquele que aprende e ama,
renovando-se incessantemente,
consegue superar
os níveis inferiores da treva,
subindo, vitorioso,
ao encontro da Vida Verdadeira
com a eterna libertação.

(Do livro "Caminho Iluminado", Emmanuel, Francisco Cândido Xavier)

AGORA, NÃO DEPOIS ...



AGORA, NÃO DEPOIS - Emmanuel
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Nem cedo,
nem tarde.

O presente
é hoje.

O passado
está no arquivo.

O futuro
é uma indagação.

Faze hoje mesmo
o bem a que te determinaste.

Se tens alguma dádiva a fazer,
entrega isso agora.

Se desejas apagar um erro que cometeste,
consciente ou inconscientemente,
procura sanar essa falha sem delongas.

Caso te sintas na obrigação de escrever uma carta,
não relegues semelhante dever ao esquecimento.

Na hipótese de idealizares algum trabalho de utilidade geral,
não retardes o teu esforço para trazê-lo à realização.

Se alguém te ofendeu,
desculpa e esquece,
para que não sigas adiante
carregando sombras no coração.

Auxilia aos outros,
enquanto os dias te favorecem.


Faze o bem agora, p
ois, na maioria dos casos,

“depois”

significa “fora de tempo”,

ou tarde demais.


(Do livro "Hora Certa", pelo Espírito Emmanuel, Francisco C. Xavier, edição GEEM)

CONVITE Á SOLIDARIEDADE



CONVITE Á SOLIDARIEDADE - Joanna de Angelis
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São muitos os necessitados que desfilam
aflições, aguardando entendimento e
socorro.

Uns estão assinalados rudemente por
deformidades visíveis que constituem a
cruel recidiva de que precisam para
aprender conduta e dever.

Outros se encontram sitiados por
limitações coercitivas que funcionam como
presídio correcional, a fim de os
habilitarem para futura convivência
social.

Alguns se apresentam com dificuldades no
raciocínio e na lucidez, embora a
aparência harmoniosa, como se fossem
estetas da forma emparedando misérias
mentais que os ensinam a valorizar
oportunidade e bênção.

Diversos conduzem feridas expostas,
abertas em chagas purulentas, com que
drenam antigas mazelas e corrigem paixões
impressas nos painéis do perispírito,
submetido à terapêutica renovadora.

Vários estão estigmatizados a ferro e
fogo, padecendo dores morais quase
superlativas, em regime de economia de
felicidade, exercitando as experiências
da esperança.

Um sem número de atados à fome e à
discriminação racial sob acicates
poderosos, estão treinando humildade
para o futuro.

Todos aguardando piedade, ensejo para
conjugarem os verbos servir e amar.

Há outros, porém, esperando
solidariedade.

São os construtores do ideal edificante,
os servidores desinteressados, os
promotores da alegria pura, os
trabalhadores da fraternidade, os
governantes honestos, os capitães da
indústria forjados no aço da honradez,
os pais laboriosos, os mestres e
educadores fiéis ao programa do bem.

Sim, não apenas os que pagam o pretérito
culposo, mas, sobretudo, os que estão
levantando o Mundo Novo dos escombros
que jazem no chão da Humanidade. Nobre
e fácil chorar a dor ao lado de quem
sofre.

Felizes, também, os que podem oferecer-
se, solidários, aos que servem e amam
ao Senhor, não obstante os diversos
nomes e caminhos pelos quais se desvelam,
operários da Era Melhor do amanhã ditoso.

Solidariedade, também, para com os que
obram no bem.

[Joanna de Ângelis]
[Divaldo Franco]
[Convites da Vida]