Obra mediúnica "EDIFICANDO A VIDA" ( I PARTE)
(Esta é uma obra mediunica; ainda não foi revisada em erros de gramatica ou ortografia; porem compartilho a sua essencia com muito amor no nobre obrar de Irmãos Espirituais)
Equipe Nosso Lar
Psicografia medium maria
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A
caravela entrou com imponência na baía e se aproximou do cais.
A cada chegada de uma nova nau, era enorme festa naquela colônia.
Muitos a aguardavam ansiosos pelos alimentos, outros pelas inúmeras novidades
que vinham da metrópole.
O Frei, no entanto aguardava ansioso os novos missionários jesuítas, que o
auxiliariam a catequizar os indígenas cada vez mais rebeldes no anseio de suas
terras e de sua liberdade.
O barco encostou e os seus passageiros após a longa viagem marítima, desciam
ainda sentindo-se nauseados.
A população local os recebia sorridente, dando boas vindas aos novos
colonizadores que ali chegavam, abdicando de vida farta na metrópole, mas
cientes de que ali teriam um pedaço de terra a administrar, no entanto sob o
monopolio da coroa portuguesa. Entusiasmados se aventuravam em terras novas
cada qual com seu motivo próprio.
Uns no anseio de vislumbrarem meramente novas oportunidades; outros, no entanto
ali desciam nas terras novas na ambição dos minérios que amplamente eram
divulgados como terra farta, mas os quais ainda não eram explorados.
Tão logo saiam os viajantes, a nau era imediatamente descarregada em seus
suprimentos e inumeras utilidades necessarias ao abastecimento daquela
capitania.
O Frei aproximou-se de seus irmãos reconhecendo-os pela sua modéstia e
humildade no trajar de mera túnica.
Cumprimentou-os sorridente e encaminhou-se com eles á pequena igreja construída
imponentemente com certeza como uma das primeiras construções daquela vila.
Acompanhava os meus irmãos jesuítas,
rumo à pequena, mas bonita igreja daquela Capitania. Estava determinado a uma
nova vida naquela pequena Colônia, que agora deslumbrava em encantos
fantásticos, numa natureza absoluta.
A vegetação tropical era extraordinária em incontáveis relevos verdes e contornos imensamente azuis fossem do céu ou do mar que se encontravam como únicos.
Pássaros coloridos e alguns animais de pequeno porte me surpreendiam os olhos, pois jamais vira algo igual na Metrópole onde morava.
Paralisado fiquei observando alguns irmãos, que se locomoviam em tarefas rotineiras, em sua pele parda, pés descalços e em seus corpos pouco revestidos de vestes.
Tudo me era um extraordinário aprendizado aos meus vinte e três anos de idade.
O cansaço da longa viagem, na qual tão somente avistava um imenso mar, ao redor da nau, ou o imenso céu sobre esta, fazendo-me sentir infinitamente pequeno, parecia intensificar todas as sensações e visões daquele novo mundo, que me parecia encantador.
Ao entrarmos na pequena igreja, ajoelhei-me e fiz profunda prece agradecendo a Deus a imensa oportunidade de ser um missionário jesuíta nas naquelas tão novas e bonitas terras.
A vegetação tropical era extraordinária em incontáveis relevos verdes e contornos imensamente azuis fossem do céu ou do mar que se encontravam como únicos.
Pássaros coloridos e alguns animais de pequeno porte me surpreendiam os olhos, pois jamais vira algo igual na Metrópole onde morava.
Paralisado fiquei observando alguns irmãos, que se locomoviam em tarefas rotineiras, em sua pele parda, pés descalços e em seus corpos pouco revestidos de vestes.
Tudo me era um extraordinário aprendizado aos meus vinte e três anos de idade.
O cansaço da longa viagem, na qual tão somente avistava um imenso mar, ao redor da nau, ou o imenso céu sobre esta, fazendo-me sentir infinitamente pequeno, parecia intensificar todas as sensações e visões daquele novo mundo, que me parecia encantador.
Ao entrarmos na pequena igreja, ajoelhei-me e fiz profunda prece agradecendo a Deus a imensa oportunidade de ser um missionário jesuíta nas naquelas tão novas e bonitas terras.
Enquanto orava, em minhas lembranças, retornei no tempo por alguns instantes.
Eu era um rapaz cheio de energia, aos dezessete anos, naquela linda praia litorânea, da minha terra natal, a linda Metrópole.
Gostava imensamente de ficar sentado nos rochedos, nos quais pequenas ondas batiam levemente, fazendo uma sutil espuma branca.
Observava ao longe as bonitas caravelas que saiam do porto e posteriormente sumiam no horizonte.
Desejava freqüentemente estar numa delas, rumando para os novos mundos dos quais tanto se ouvia falar.
Morava com um avô; meus pais haviam me deixado com ele e partiram quando eu ainda era pequeno.
Nunca soube seus destinos; no entanto sentia-me feliz com a vida que tinha e nunca reclamara as suas ausências.
Meu avô, no entanto estava enfraquecido e desejava ir para uma casa de assistência.
Tinha conversado muito com ele e disse-lhe que estava determinado a ser um missionário e a auxiliar os irmãos, como ele tinha me doutrinado.
Imediatamente meu velho avô sorriu abençoando-me.
Assim, ambos fizemos o que desejávamos; ele foi para a casa de assistência e eu por longos cinco anos estudei diariamente para ser um jesuíta.
Posteriormente me candidatei a ser um missionário jesuíta, a catequizar nas novas terras e ali estava eu agora, ajoelhado na pequena igreja da nova Colônia.
Repentinamente despertei de minha prece e de minhas lembranças, pois um irmão colocava a mão em meu ombro:
- Efigênio, meu irmão desculpe incomodá-lo, mas precisamos ir; o Frei Inácio já nos aguarda.
Levantei-me sem demoras, também colocando minha mão em seu ombro amigavelmente.
- Obrigado amigo Pedro, vamos encontrá-los!
Caminhamos até o pátio interno da Igreja, no qual um pequeno jardim estava imensamente descuidado. Frei Inácio nos mostrou os dormitórios, o salão de refeições, a cozinha, a sala de reuniões e uma sala de oração e penitencias.
Sentia-me feliz e em casa, ciente de que ali moraria com certeza por muito tempo.
O meu amigo Pedro , no entanto parecia inquieto, falando-me num sussuro:
- Observastes Efigênio, aqueles seres pardos e sem roupas?
Parecia mais apreensivo que surpreso. Sorri dizendo-lhe:
- Sim Pedro, bonitos irmãos e irmãs!
Ele parou, olhou-me nos olhos enfurecido, com o meu tom de brincadeira e disse perplexo:
- Não compreendes Efigênio, são pecadores!
Novamente sorri, coloquei minha mão em seu ombro e falei-lhe com tranqüilidade:
- Não Pedro são humanos!
Ciente estava de que ele não me compreenderia ali naquele instante, então seguimos para os nossos dormitórios, para repousar um pouco da longa viagem.
Sozinho naquele pequeno cômodo, sentei-me em minha cama e novamente agradeci a imensa oportunidade.
Banhei-me um pouco e deitei ao repouso. Dormi profundamente como á muitos meses não o fazia.
Despertei assustado, dormira o dia inteiro. No entanto pela claridade do dia percebi que deveria estar anoitecendo.
Apressei-me. Desejava correr para aquela linda praia da qual avistara da caravela em nossa chegada.
Sentia enorme vontade de colocar os meus pés na areia fria e me sentir abençoado e depois tão somente ver o meu primeiro anoitecer naquela terra.
Tão logo abri a porta do meu cômodo, no entanto Pedro já me aguardava impaciente num dos pequenos bancos daquele jardim.
Em minha disposição fui logo pronunciando:
- Como este jardim está feio Pedro. Amanhã acordaremos cedo e antes das orações começaremos a cuidar dele!
O meu amigo não entanto não parecia tão animado.
- Aqui os bichos nos mordem, olha como estou!
Olhei-o fazendo enorme fisionomia de assombro:
- Que terrível meu amigo, realmente eles te devoraram!
Soltei uma risada tranqüila e corri.
- Aonde vai Efigênio!
Sem parar de correr, olhei para trás e falei para Pedro:
- Vem amigo, vamos á praia! Vou ver o anoitecer!
Pedro balançou a cabeça, ali permanecendo no banco do jardim. Estava certo de que seu amigo Efigênio nunca ia mudar na imensa alegria de viver que tanto invejava.
Aproximei-me da praia, tirei a s sandálias de couro. Pisei na areia fria. Senti um arrepio de vida. Deixei que a água daquele mar me abençoasse.
Abri os braços olhando o imenso horizonte que escurecia, num por do sol avermelhado, tão espetacular como eu nunca vira em minha vida e sentindo a brisa fresca, pronunciei em alta voz:
- Obrigado! Que lugar Fantástico meu Pai!
Já escuro estava quando voltei para a Igreja. Frei Inácio me aguardava:
- Rapaz precisa ter cautela, não mais estás na Metrópole. Aqui existem selvagens e para isto estamos aqui para doutriná-los.
Dando uma breve pausa prosseguiu:
- Não deves andar sozinho por aí!
Frei Inácio já em idade um pouco avançado, não poderia com certeza compreender o meu entusiasmo e a minha imensa alegria.
Acompanhei-o até o salão de refeições no qual já se encontravam os meus companheiros, Pedro, Tiago, e Fernando; todos tão jovens quanto eu.
Após uma prece, nos alimentamos silenciosos. O conforto de uma casa em terra firme apresentava-se no semblante sereno de cada um de nós.
- Tu vais dormir Efigênio?
Perguntaram meus amigos.
- Não, vou olhar no jardim as estrelas deste lugar!
Pedro na sua extrema praticidade e temor, logo se adiantou:
- As estrelas são as mesmas Efigênio!
Sorri dizendo-lhes:
- Com certeza amigos, as estrelas são as mesmas, mas com certeza o seu brilho muda de intensidade em cada lugar que as olhemos! Alguns de vós me acompanhais?
Os meus amigos disseram que iam se deitar. Então me deitei no banco do pequeno jardim sozinho para admirá-las.
Como era fantástico! Com certeza as estrelas eram as mesmas, eu meditava, mas eu nunca tinha visto tantas estrelas assim na minha Metrópole.
O céu imensamente negro, brilhando em luz magnânima intensa.
Eu estava extasiado com aquela linda capitania. Eu estava maravilhado com a beleza daquela Colônia!
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