quarta-feira, 26 de março de 2014

Obra mediúnica "LAÇOS DE BARRO" ( I PARTE)

Obra mediúnica "LAÇOS DE BARRO" ( I PARTE)


(Esta é uma obra mediunica; ainda não foi revisada em erros de gramatica ou ortografia; porem compartilho a sua essencia com muito amor no nobre obrar de Irmãos Espirituais)

Equipe Nosso Lar
Psicografia medium maria
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Fábio correu radiante, tal qual criança, sentindo a grama muito verde, ainda molhada do orvalhar da noite, em seus pés descalços. 
Sentia-se feliz ! A brisa fresca de mais uma linda manhã beijava-lhe amenamente a face, impulsionando-o a correr ainda mais veloz, saltando pequenos obstáculos; tal qual um pequeno potro em liberdade.
 


Um sensível aroma de rosas vermelhas, misturava-se ao perfume doce dos eucaliptos, como uma benção em balsamo que tocava seu corpo e magnetizava seu ser em mais um magnifico dia. 
O jovem deitou-se na grama exausto olhando o céu, que num azul celeste com certeza era uma obra de arte.
 


Por vezes o azul se revestia de um branco tênue, nas nuvens sutis que ali passavam. 
O sol ainda não ia alto e nem forte mas já apresentava toda a sua glória abençoando a vida.
 


Cerrou os olhos e numa prece profunda Fabio agradeceu pela sua vida e por tantas maravilhas. 


Ao abri-los, sentou-se dobrando seus joelhos e abraçando-os. 
Contemplou então as colinas que se debruçavam distantes, num imenso oceano sem horizonte e com um pouco de dificuldade em função da distancia podia avistar a pequenina praia branca onde com certeza fortes ondas iam repousar.
 

Subitamente o jovem foi interrompido de seu frequente êxtase matinal, no qual era imensamente agradecido pela vida.
 
Paula se aproximava já balbuciando carinhosamente :
 

- Bom dia, Fabio ! Uma bela manhã não é ! O enfermeiro Lúcio te deixou aqui sozinho ?
 

A enfermeira estava ciente que aquele jovem, em sua cadeira de rodas, não poderia compreende-la ou responder, mas sempre conversava com ele todas as manhãs.
 
Com amor, a senhora ajeitou a cabeça de Fabio, que em sua imobibidade se encontrava tombada. Com o carinho de uma mãe, encostou-o numa almofada macia.
 


Ele era um jovem bonito e apesar do corpo imóvel, numa paralisia total, possuía em seu corpo o vigor da juventude, apesar de aparentemente enfraquecido. 
A enfermeira Paula passou levemente o lenço em sua boca onde a saliva havia escorrido sem mais nada balbuciar.
 

Fabio sentindo-se imensamente agradecido, pelo enorme carinho daquela senhora, que naqueles trê
s anos, já lhe era uma mãe, respondeu : 

- Magnifica manhã, enfermeira Paula ! Estou me sentindo tão bem ! Que dia maravilhoso! Deus a abençoe pelo amor que me dedica !
 

O jovem no entanto, também compreendia, que Paula não o ouviria. O seu corpo era completamente imóvel não obedecendo a qualquer comando voluntário por mais que se esforçasse.
 
Sua boca mantinha-se entreaberta sem qualquer movimento. Seus olhos eram fixos. Seus braços por sobre as pernas inertes. Suas pernas sem qualquer movimento.
 


O jovem em sua imensa resignação e humildade, persistia diariamente em expressar-lhe mentalmente, "que estava ali, que estava vivo, que estava bem, que estava feliz e o quanto lhe tinha imensa gratidão e amor." 
Era um dialogo silencioso entre ambos, mas constante
 em fraternidade. 

A
 enfermeira Paula novamente ajeitou o seu corpo na cadeira de rodas e empurrou-a devagar para o centro de reabilitação. 
Fabio sentia-se feliz, atravessando novamente pelo imenso jardim, que em meio a extenso tapete de grama verde era adornado de rosas vermelhas e muitos eucaliptos.
 
Não mais podia avistar as colinas, nem o ocano, e tão pouco a praia; mas se alegrava porque á tarde novamente o trariam ali.

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A aurora resplandecia na Colonia. Seguimos alegremente num grupo de quatro irmãos, previamente preparados a realizar o gratificante trabalho de amor.
 

A noite chegou tranquila, após um intenso dia em trabalho incessante, no centro de reabilitação.
 
O jovem Fabio repousava agora o seu corpo enfermo em sono profundo.
 
Na enfermaria muito branca, em oito leitos harmonicamente distribuídos, outros irmãos igualmente repousavam.



Em auxilio, novamente ali estávamos, no pequeno centro hospitalar, como pequena tarefa de amor, para com os irmãos reencarnados e enorme aprendizado para conosco.
 
Ministrávamos aos irmãos ali presentes, o medicamento proporcional em sua própria evolução. Em constantes passes magnéticos emanávamos a energia fluídica essencial em sua continuidade.
 

Naquele noite no entanto tínhamos tarefa maior a realizar no engrandecedor trabalho espiritual. Augusto que nos instruía no enorme aprendizado de amor, aproximou-se de Fabio e á medida que o medicava numa energia grandiosa, que se resplandecia na enfermaria em enorme luminosidade, ia nos esclarecendo mentalmente sobre sua etapa reencarnatória.
 

Este jovem, como expliquei-vos anteriormente, sofreu enorme agressão em sua região encefálica, num ato de ambição, por parte daquele que é seu irmão consanguíneo neste plano.
 


Um enorme nódulo, como podem perceber aqui em seu cérebro, o impossibilita de movimentar-se voluntaria ou involuntariamente. 
Diagnosticaram em plano físico paralisia irreversível, no entanto meus irmãos, num processo lento e gradativo, na infinita misericórdia de Deus Nosso Pai, em seu merecimento e objetivando a continuidade de sua vida física, dissiparemos o nódulo lentamente e em varias etapas propositadamente, possibilitando-lhe a recuperação de seus movimentos e o consequente retorno, a todas as suas atividades.
 
Augusto silenciou, continuando com o nosso auxilio, a delicada operação espiritual, no corpo enfermo do irmão Fabio. 

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