sexta-feira, 17 de junho de 2011
LUZ E SILENCIO - Emmanuel
LUZ E SILENCIO - Emmanuel
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O Mestre
que nos recomendou
situar a lâmpada sobre o velador,
também nos exortou,
de modo incisivo:
– “Brilhe a vossa luz diante dos homens!”
Conhecimento evangélico
é sol na alma.
Compreendendo
a responsabilidade
de que somos investidos,
esposando a Boa Nova
por ninho
de nossos sentimentos
e pensamentos,
busquemos exteriorizar
a flama renovadora
que nos clareia por dentro,
a fim de que a fé
não seja uma palavra
inoperante
em nossas manifestações.
- Onde repontem espinheiros
da incompreensão,
sê a bênção do entendimento fraterno.
- Onde esbraveje a ofensa,
sê o perdão que asserena e edifica.
- Onde a revolta incendeie corações,
sê a humildade que restaura a serenidade e a alegria.
- Onde a discórdia ensombre o caminho,
sê a paz que se revela no auxílio eficiente e oportuno.
Não olvidemos
que a luz brilha
dentro de nós.
Não lhe ocultemos
os raios vivificantes
sob o espesso velador
do comodismo,
nas teias do interesse pessoal.
Entretanto,
não nos esqueçamos
igualmente
de que o sol alimenta
e equilibra o mundo inteiro
sem ruído,
amparando
o verme e a flor,
o delinqüente e o santo,
o idiota e o sábio em sublime silêncio.
Não suponhas que a lâmpada
do Evangelho
possa fulgurar através
de acusações ou amarguras.
Enquanto a ventania
compele o homem a ocultar-se,
a claridade matinal,
tépida e muda,
o encoraja
ao trabalho renovador.
Inflamando o coração
no luzeiro do Cristo,
saibamos entender
e servir com Ele,
sem azedume
e sem crítica,
sem reprovação
e sem queixa,
na certeza
de que o amor
é a garantia
invulnerável
da vitória imperecível.
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