segunda-feira, 25 de agosto de 2014

consigam também abrir os olhos e o coração




Numa grandiosa benção de Deus, o homem aprendeu os processos médicos e descobriu que poderia usar parte da matéria física de um irmão para salvar a vida de outro irmão. 

Numa outra grandiosa benção de Deus, muitos outros aprenderam e assimilaram a grandiosidade do gesto individual de se tornar um doador de órgãos, no pleno exercício de sua liberdade e domínio de seu corpo material para, ao final desta vida terrena, fazer um último ato de fraternidade. A doação de órgãos, expressa voluntariamente ainda no auge da saúde física, é uma clara demonstração de amor para seus irmãos.

De uma forma até natural, todos os irmãos que expressam este desejo de doação ainda em vida já se candidatam, automaticamente, a um amparo fraterno no momento de seu desenlace. E, de acordo com seu grau de evolução, com seus méritos, com suas obras em vida, essa assistência será ainda mais abrangente e amorosa. E, no momento em que a morte cerebral é diagnosticada, uma maravilhosa sucessão de acontecimentos se desdobra, para que os benefícios possam ser os maiores possíveis. 

No plano material, o corpo físico do irmão permanece preservado em suas funções vitais, com o funcionamento normal dos órgãos que podem ser aproveitados. Médicos se mobilizam para retirá-los no tempo devido e adequado, para que possam ser levados o mais rapidamente possível aos receptores em potencial, que recebem uma nova chance de terminarem seus projetos reencarnatórios nesta esfera ou, em alguns casos, de estenderem o período originalmente proposto, devido a novos desdobramentos, novos projetos, novas decisões e novos comprometimentos.

No plano espiritual, o irmão que finda sua jornada é acolhido por espíritos familiares, amigos ou equipes espirituais sempre de prontidão, para que se desligue rapidamente da veste física que não mais usará, e se afaste também rapidamente do ambiente de dor que sua partida, inevitavelmente, provocará. Amparado e assistido, este irmão será encaminhado a um dos hospitais espirituais espalhados por este planeta e, após um período de aclimatação e recuperação da consciência de sua essência eterna, seguirá um dos vários caminhos rumo à sua evolução.

Nos dois casos de amparo fraternal desta semana que receberam a instrução de irmãos em luz, ambos poderiam ser doadores de órgãos. Ambos já estavam longe da agitação emocional que poderia provocar distúrbios e confusões emocionais em sua veste espiritual. 

Mas o que acontece com quem, como você perguntou, tem seus órgãos retirados à revelia por que nunca expressaram o desejo de doar, por que não tem familiares que se importam com eles, devido a uma vida desregrada, criminosa e nunca demonstraram nenhum amor para com seus semelhantes? 

O amor de Deus é infinito e o trabalho dos obreiros da espiritualidade não discrimina a quem oferece sua luz. Porém, no maior e mais importante direito de todos os seres, que é a liberdade de escolha, ou o livre arbítrio de cada um, é preciso que eles aceitem a luz que lhes é oferecida. Sem bagagem de amor ou fraternidade na existência que se finda, é o próprio ser em desenlace que se discrimina, ou seja, é o próprio irmão que, com a morte cerebral diagnosticada, se recusa a se libertar dos seus laços com a materialidade. E, mais que simplesmente se recusar, não entende e não consegue se desligar do corpo que não mais funciona. Sem ver ou aceitar a luz dos irmãos à postos para ajudá-lo, ali permanece, no leito da morte, a acalentar uma veste que para si de nada mais vale. 

Tanto sofrimento! E quanto tempo se passa, até que eles finalmente se sintam capazes de pedir pela ajuda divina, que nunca falha, e seguir a luz!

Abram os olhos, meus irmãos, abram o coração! 

A ciência humana só se desenvolve pela permissão divina. E ela só tem valor se trouxer, junto com sua aplicação prática, o aumento da solidariedade, da fraternidade, do amor incondicional de uns pelos outros.

A doação voluntária de órgãos para transplantes é demonstração de amor incondicional. Respeite o desejo de quem assim se expressou, os doadores, ainda que o momento da partida do ser amado seja tão dolorido. 

Que os receptores orem todos os dias em agradecimento aos generosos doadores que lhes permitiram seguir em frente numa vida que, de outra maneira, teria curta duração. 

E que todos nós oremos para que aqueles que ainda não compreenderam os acontecimentos por que passaram consigam também abrir os olhos e o coração e pedir pela benção do Pai, pela luz que os tirarão das trevas da dor, e que aceitem, com humildade, a ajuda divina que nunca falha.

Irmão Carlos
Psicografia médium Cristina

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