segunda-feira, 4 de julho de 2011

DIANTE DA TERRA - Emmanuel



DIANTE DA TERRA - Emmanuel
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Teríamos sido, porventura,
situados na gleba do mundo
para fugir de colaborar
no progresso do mundo,
quando o mundo nos provê
com todas as possibilidades necessárias
ao progresso de nós mesmos?

Muitos companheiros se marginalizam
em descanso indébito,
junto à seara,
alegando que não suportam
os chamados problemas intermináveis do mundo;

desejariam a estabilidade e a harmonia por fora,
a fim de se mostrarem satisfeitos na Terra,
quando a harmonia e a estabilidade
devem morar por dentro de nós,
de modo a que nossos encargos,
à frente do próximo,
se façam corretamente cumpridos.


O mundo, em todo tempo,
é uma casa em reforma,
com a lei da mudança
a lhe presidir todos os movimentos,
através de metamorfoses
e dificuldades educativas.

O progresso é um caminho que avança.

Daí, o imperativo de contarmos com oposições
e obstáculos toda vez que nos engajemos
na edificação da felicidade geral.


Omissão, no entanto,
é parada significando recuo.

Entendamo-nos na posição de obreiros,
sob a pressão de crises renovadoras.

Todos faceamos permanente renovação,
a cada passo da vida.

Nem tudo que tínhamos ontem por certo,
nos quadros exteriores da experiência,
continua como sendo certo nas horas de hoje.

Os ideais e objetivos prosseguem os mesmos,
a nos definirem aspiração e trabalho;
entretanto, modificaram-se instrumentos e condições,
estruturas e circunstâncias.


A Terra, porém, nos pede cooperação
no levantamento do bem de todos
e a ordem não é deserção e sim adaptação.

Em suma, estamos chamados à vivência no mundo,
a fim de compreendermos
e melhorarmos a vida em nós
e em torno de nós, servindo ao mundo,
sem deixarmos de ser nós mesmos,
e buscando a frente,
mas sem perder o passo
de nossos contemporâneos,
para que não venhamos a correr o risco
de seguir para frente demais.

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Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Rumo Certo.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.

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