sexta-feira, 1 de julho de 2011
DA NATUREZA DIVINA - Livro A Gênese
DA NATUREZA DIVINA - Livro A Gênese, Cap. 2, itens 1-19- Allan Kardec
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Não é dado ao homem
sondar a natureza íntima de Deus.
Temerário seria aquele
que pretendesse levantar o vel
que o oculta de nossos olhos,
falta-nos ainda
o sentido que só se adquire
pela completa depuração
do espírito.
Mas, se o homem não pode penetrar
na essência de Deus,
tendo como premissa a sua existência,
pode, pelo raciocínio,
chegar a conhecer-lhe
os atributos necessários,
uma vez que reconhecendo
o que ele não pode absolutamente ser,
sem deixar de ser Deus,
deduz daí o que ele deve ser.
Sem o conhecimento dos atributos de Deus,
seria impossível compreender a obra da criação;
é o ponto de partida
de todas as crenças religiosas,
e é, por não terem se reportado
a esses atributos,
como ao farol capaz de orientá-las,
que a maioria das religiões
errou em seus dogmas.
As que não atribuíram a Deus
a onipotência,
imaginaram vários deuses,
as que não lhe atribuíram a soberana bondade,
fizeram dele um deus ciumento, colérico, parcial e vingativo.
Deus é a suprema e soberana inteligência.
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Deus é, então,
a suprema e soberana inteligência;
é único,
eterno,
imutável,
imaterial,
onipotente,
soberanamente justo e bom,
infinito em todas as suas perfeições,
e não pode ser diferente disso.
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