sexta-feira, 1 de julho de 2011

O CONSOLADOR PROMETIDO -Livro ‘O Evangelho Segundo o Espiritismo’


O CONSOLADOR PROMETIDO -Livro ‘O Evangelho Segundo o Espiritismo’, Cap. VI, itens 3 e 4 – Allan Kardec.
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“Se me amais, observai os meus mandamentos; e eu rogarei a meu Pai, e ele vos enviará um outro consolador, para que fique eternamente convosco, o Espírito de Verdade que o mundo não pode receber, porque não o vê e porque não o conhece. Vós, porém, o conhecereis, porque ele ficará convosco e estará em vós. Mas o consolador, que é o Santo Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordar tudo o que vos tenho dito.” (João, XIV: 15-17 e 26.)

Jesus promete um outro consolador:
é o Espírito de Verdade,
que o mundo não conhece ainda,
porque não está em condições de compreendê-lo,
e que o Pai enviará para ensinar todas as coisas,
para fazer lembrar o que o Cristo falou.

Portanto, se o Espírito de Verdade deve vir mais tarde
ensinar todas as coisas,
é porque o Cristo não as disse todas;
se ele vem fazer lembrar o que o Cristo ensinou,
é que suas palavras foram esquecidas
ou mal compreendidas.

O Espiritismo vem, na época determinada,
cumprir a promessa do Cristo:
o Espírito de Verdade
preside ao seu estabelecimento;
ele relembra aos homens
a observação da lei;
ele ensina todas as coisas
fazendo compreender o que o Cristo
só nos transmitiu por meio de parábolas:

“Que ouçam os que têm ouvidos para ouvir”;

o espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos,
pois fala de forma clara,
sem alegorias;
ele retira o véu que foi deixado,
propositadamente sobre certos mistérios,
finalmente, vem trazer uma suprema consolação
aos deserdados da Terra
e a todos aqueles que sofrem,
dando uma razão justa
e um objetivo útil a todas as dores.

O Cristo disse:

“bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados”,

 mas como alguém pode se achar feliz
por sofrer se não sabe por que está sofrendo?

O Espiritismo demonstra que a causa dos sofrimentos
está nas existências anteriores e na destinação da Terra,
onde o homem resgata os erros do seu passado;
ele mostra o objetivo dos sofrimentos,
porquanto eles são como crises salutares
que trazem a cura e a depuração
que asseguram a felicidade
nas existências futuras.

O homem compreende que merece sofrer
e acha que o sofrimento é justo;
sabe que ele ajuda o seu adiantamento
e aceita-o sem lamentações

como o trabalhador aceita o trabalho
que lhe porporciona o seu salário.

O Espiritismo lhe dá uma fé inabalável
no futuro e a dúvida cruel
não se apodera mais da sua alma;

fazendo com que ele veja
os fatos de um ponto de vista elevado,
a importância das vicissitudes terrestres
desaparece no amplo e esplêndido horizonte
que ele abrange, e a perspectiva da felicidade
que o espera

dá-lhe a paciência,
a resignação
e a coragem
de ir até o final do caminho.

Assim, o Espiritismo proporciona
o que o Jesus
 disse sobre o consolador prometido:
conhecimento dos fatos,
que faz com que o homem
saiba de onde veio,
para onde vai
e por que está na Terra;

retorno aos verdadeiros princípios
da lei de Deus,
e consolação
pela fé e pela esperança.

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