Que os Laços que unem Irmãos
se elevem nesta matéria densa,
deste barro temporário,
edificando-se
em Laços indestrutíveis
no Amor Absoluto a Cada Irmão,
na existência que é infinita.
Que Não sejam meros Laços de Barro
Edifiquem Laços de Amor!"
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Fábio correu radiante, tal qual criança, sentindo a grama muito verde, ainda molhada do orvalhar da noite, em seus pés descalços.
Sentia-se feliz !
A brisa fresca de mais uma linda manhã o beijava amenamente a face, o impulsionando a correr ainda mais veloz, saltando pequenos obstáculos; tal qual um pequeno potro em liberdade.
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Um sensível aroma de rosas vermelhas, misturava-se ao perfume doce dos eucaliptos, como uma benção em balsamo que tocava seu corpo e magnetizava seu ser em mais um magnifico dia.
O jovem deitou-se na grama exausto olhando o céu, que num azul celeste com certeza era uma obra de arte.
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Por vezes o azul se revestia de um branco tênue, nas nuvens sutis que ali passavam.
O sol ainda não ia alto e nem forte mas já apresentava toda a sua glória abençoando a vida.
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O sol ainda não ia alto e nem forte mas já apresentava toda a sua glória abençoando a vida.
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Cerrou os olhos e numa prece profunda Fabio agradeceu pela sua vida e por tantas maravilhas.
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Ao abri-los, sentou-se dobrando seus joelhos e abraçando-os.
Contemplou então as colinas que se debruçavam distantes, num imenso oceano sem horizonte e com um pouco de dificuldade em função da distancia podia avistar a pequenina praia branca onde com certeza fortes ondas iam repousar.
Subitamente o jovem foi interrompido de seu frequente êxtase matinal, no qual era imensamente agradecido pela vida.
Paula se aproximava já balbuciando carinhosamente :
- Bom dia, Fabio ! Uma bela manhã não é ! O enfermeiro Lúcio te deixou aqui sozinho ?
A enfermeira estava ciente que aquele jovem, em sua cadeira de rodas, não poderia compreende-la ou responder, mas sempre conversava com ele todas as manhãs.
Com amor, a senhora ajeitou a cabeça de Fabio, que em sua imobilidade se encontrava tombada.
Com o carinho de uma mãe, encostou-o numa almofada macia.
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Ele era um jovem bonito e apesar do corpo imóvel, numa paralisia total, possuía em seu corpo o vigor da juventude, apesar de aparentemente enfraquecido.
A enfermeira Paula passou levemente o lenço em sua boca onde a saliva havia escorrido sem mais nada balbuciar.
Fabio sentindo-se imensamente agradecido, pelo enorme carinho daquela senhora, que naqueles três anos, já lhe era uma mãe, respondeu :
- Magnifica manhã, enfermeira Paula ! Estou me sentindo tão bem ! Que dia maravilhoso! Deus a abençoe pelo amor que me dedica !
O jovem no entanto, também compreendia, que Paula não o ouviria.
O seu corpo era completamente imóvel não obedecendo a qualquer comando voluntário por mais que se esforçasse.
Sua boca mantinha-se entreaberta sem qualquer movimento.
Seus olhos eram fixos.
Seus braços por sobre as pernas inertes.
Suas pernas sem qualquer movimento.
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O jovem em sua imensa resignação e humildade, persistia diariamente em expressar-lhe mentalmente,
"que estava ali, que estava vivo, que estava bem, que estava feliz e o quanto lhe tinha imensa gratidão e amor."
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Trecho da Obra Mediúnica "Laços de Barro" da Equipe Nosso Lar
Psicografia medium maria
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