sexta-feira, 17 de junho de 2011

CONVITE Á FRATERNIDADE - Joanna de Angelis



CONVITE Á FRATERNIDADE - Joanna de Angelis
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"Ninguém acende uma candeia
e a coloca debaixo do alqueire,
mas no velador." (Mateus, 5:15.)


Abençoado pela oportunidade de progredir
em regime de liberdade relativa,
no corpo que te serve
de esteio para a evolução,
considera a situação
dos que foram colhidos
pelas malhas da criminalidade
e expungem
em regime carcerário os erros,
à margem da sociedade,
a benefício deles mesmos
e da comunidade.

Visitá-los constitui
dever impostergável.

Não é necessário que sindiques as razões
que os retêm entre as grades
ou no campo aberto
das colônias agrícolas correcionais
ou que te inquietes em face
aos dramas que os sobrecarregam.

Há sim,
alguns que são criminosos impenitentes,
reincidentes, sem coração...

Doentes, portanto,
psicopatas infelizes
ou obsidiados atormentados,
sem dúvida...

Outros, no entanto...

Mães que não suportaram
os incessantes maus-tratos
de companheiros degenerados;

irmãos avassalados
pelo que consideravam injustiças
terríveis e não tiveram energias
para superar o momento crítico;

operários espezinhados
que não dispunham de forças
para vencer a crise;

patrões ludibriados
que tomaram a justiça nas mãos;

jovens viciados por este
ou aquele fator desequilibrante,
que agiram atados
sob a constrição de drogas ou paixões;

homens e mulheres probos
que foram surpreendidos
pela infelicidade num momento de fraqueza;

adolescentes ou anciãos
que foram levados ao furto pela fome...

Quantas crianças,
também, em Reformatórios,
Escolas corretivas,
porque não tiveram
um pouco de carinho
e desde cedo somente
receberam reproche e desprezo social!

Podes fazer algo.

Tens muito para dar,
especialmente no que diz respeito
a valores morais e espirituais.

Confraterniza com eles e acende
nas suas almas a flama do ideal imortalista,
para que encontrem mesmo aí
onde sofrem um norte
que lhes constitua bússola
e rota na imensa noite
do desespero que sempre irrompe
nas celas em que se demoram
enjaulados por fora
ou encarcerados por dentro.

Constatarás que ajudá-los
é ajudar-se e ser fraterno
para com eles é libertar-se
de várias constrições que te inquietam,
pondo a luz da tua fé
no velador
da fraternidade.

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