Obra mediúnica "NA ESSENCIA D'ALMA" ( II PARTE)
(Esta é uma obra mediunica; ainda não foi revisada em erros de gramatica ou ortografia; porem compartilho a sua essencia com muito amor no nobre obrar de Irmãos Espirituais)
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Equipe Espiritual Nosso Lar
Medium Maria
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II – O DESPERTAR
Eramos ali incontaveis vezes, mais mudos e compenetrados em nossos proprios sofrimentos, do que meros comunicantes em confraternização com o sofrimento alheio.
Cada qual tinha sua vivencia propria e angustiante .
Agoniantes em seus espaços, em nossa região umbralina.
Perambulando em seus momentos degradantes ou em seu sofrimento contínuo , em lembranças que surgiam e da qual se escondiam reclusos em seus buracos ou suas proprias caversas obscuras.
Momento oportuno no entanto se fez, numas destas reclusões, em que nos viamos, uns aos outros, mas não conseguiamos nos comunicar, imensa era a nossa enfermidade.
Estava encolhido tal qual feto, gemendo em minha propria dor, quando a imensa Luz adentrou em nossa região imensamente negra e fetida, em nossos proprios pensamentos e no sofrimento de cada qual que se arrastava ali na propria escuridão de sua Alma.
Mais uma mera caravana de auxilio com certeza, assim pensei. Espiritos de Luz em resgate de alguma daquelas Almas, que incompreensivelmente para mim, clamavam auxilio.
Talvez uma nova missão na explanação da Doutrina do Pai ou ainda poderiam ser, tarefeiros de Luz, com o objetivo de recolher algumas Almas, que assim o desejassem, para leva-las ao conhecimento de suas existencias em casas fraternais.
Conclusivamente estava ciente disto, afinal tanto já o havia presenciado.
No entanto a imensa luminosidade, se aproximava de meu pobre ser atormentado.
Ofuscou-me o imenso brilho de tão recolhido que estava em meu estado miseravel. Ainda mais me encolhi tal qual feto pequeno, cobrindo o rosto com meus braços e cerrando os olhos com as minhas mãos. Me contorci em dor.
Escutei uma voz doce que dizia:
Escutei
- Paizinho !
Os meus ouvidos não podiam crer naquilo; como poderia minha filhinha ali estar.
Numa mistura de incompreensão e curiosidade, tirei um dos braços que cobria minha fronte e espiei temeroso.
Uma velhinha encurvada, com infinitas rugas em seu semblante, me olhava carinhosamente.
Compreendi posteriormente que Alice assim se apresentava, naquele momento oportuno, para que eu compreendesse, que enorme tempo havia passado.
Eu no entanto não conseguia crer naquele embuste. A Luz se intensificou clareando um pouco mais o ambiente, que de negro, agora se transformara tal qual neblina extremamente densa.
- Paizinho ! Sou Alice sua filhinha !
Agora com certeza tinha certeza na melodia de sua voz, que era minha filha. Mas não conseguia explicar como naquele corpo tão envelhecido.
Alice que em sua evolução já conseguia compreender as minhas emanações mentais, balbuciou novamente em total harmonia :
- Paizinho vim ajuda-lo ! Passaram-se oitenta anos Paizinho ! Venha comigo Paizinho !
Não, não poderia ser. Estava atonito. Como poderia ser verdadeiro o que me dizia. Não com certeza eu não compreendia. Olhei-a em suplica, tentando que me explicasse algo, apertando os olhos para que imensa luminosidade não me cegasse a vista.
De alguma forma inexplicavel, poderia agora ver o vulto juvenil, de minha menina de dez anos, que outrora, me acarinhava o cabelo num gesto gentil e muito sorridente.
Nova suplica despertou-me.
- Paizinho, já sofreu demais aqui, venha comigo !
Eu não conseguia raciocinar direito. Enclausurei-me na minha alma. Cerrei-me ao que dizia, em minha liberdade e imediatamente tal qual surgira ali, minha filha Alice se foi, junto com toda a luminosidade, nos Amigos de Luz que a acompanhavam.
A escuridão se fez imensamente pior, não só para os vultos reclusos que ali se encontravam, junto comigo, cada qual recluso em suas proprias existencias; mas principalmente para mim, num ecoar continuo e ininterrupto ... "passaram-se oitenta anos" ... "passaram-se oitenta anos" ...
Iniciou-se para mim então, novamente, um processo de reclusão aboluta. Tal qual anteriormente, eramos muitos naquela região umbralina, mas inexplicavelmente nos viamos em nossas aflições mas não conseguiamos nos comunicar.
Eu mesmo havia me excluido de meu bando, do qual me aproximara por sintonia e num magnetismo fantastico.
Agora estava isolado em mim mesmo, cerrado em meus tormentos, fechado em meu sofrimento.
Após a visita de minha filha Alice, as sensações de minha vida reencarnatoria eram cada vez mais frequentes, me atormentando em imagens difusas.
Novamente a fuga em corrida, a sirene, o disparo ... a casa bonita, o assassinato de uma familia na extorção de seus bens, a alegria de alguns, o pranto de outros ... mas a sirene ... o disparo .... minha mente parecia querer explodir, naquele imenso conjunto de peças que começam a se encaixar tal qual um imenso quebra cabeças de minha vida corporea.
Ao mesmo tempo que me escondia, para não comprender a sequencia, ou visualizar o que havia feito, uma enorme força interior, parecia querer dissipar aquela confusão mental definitivamente.
Quando revivivia estes momentos de minha vida fisica, instintivamente me recolhia contínuamente á minha imensa penumbra, tão temeroso, de que as almas ali presentes, podesssem de alguma forma, visualizar estes momentos de tormento em minha mente. Como inumeras vezes assim tambem tinha me divertido com o sofrimento de outros ali, em seus proprios tormentos.
Era a minha propria alma, que agora, na essencia brilhante do amor fraternal, a um ente querido, desejava ardentemente e involuntariamente, se descobrir finalmente a si mesma.
Compreendi posteriormente, que a visita de minha filha Alice, á região umbralina, era a enorme exemplificação, sem contestação alguma, da infinita misericordia de Deus Nosso Pai, em sua bondade extrema, desejando resgatar a minha alma, que em seu livre arbitrio, em tormento se encontrava á longos oitenta anos.
Fiquei ciente tambem, de que minha filha havia concretizado sua jornada reencarnatória, até os seus sessenta e cinco anos, em enorme plenitude de amor fraternal.
Após o meu assassinato, este consequente de meus proprios atos, nos quais, anteriormente ali em vida corporea, eu excluira a vida de quatro seres, numa ambição cruel e irracional, se tinham estruturado para ela, em fortes alicerces, levando-a a prosseguir sua propria vida em plano fisico em nobre amor para com o proximo.
Mas ali estava eu, ainda perdido em peças que não desejava encaixar, em minha mente, temeroso na conscientização de minhas imperfeições, num incessante ir e vir em minhas lembranças.
No entanto em minha essencia, a minha filha Alice, semeara em sua breve visita, a extrema necessidade de compreender tudo e visualisar minha propria etapa reencarnatoria, como em realidade o era e finalmente após longos e interminaveis anos eu me conclui, um ser vil.
Me cerrei na dor, ocluso a tudo o que ocorria em minha região negra.
Envergonhado de meus proprios atos, me escondi em minha caverna profunda e fiz o que á muito não o fazia; chorei com a minha alma.
Pranteei emoção arrependido.
Me desfigurei em imenso sofrimento, no entanto agora ciente de que este, era provocado por minha propria consciencia.
Em golpes crueis em minha mente, mas essenciais ao expurgo de minha alma, ali estva eu agora, enclausurado em mim mesmo, sentindo o mal que fizera a muitos.
Uma eternidade se passou, na luz de minha essencia, analisando fatos por mim executados e em sua cruel consequencia, não só a mim mesmo, mas a tantos outros.
Porem a vergonha de minha conduta, não obstante agora, não conseguia me deixar ver a oportunidade ininterrupta, que Deus dava a seus filhos, de recomeçar e corrigir seus proprios erros.
Me escondia em meu arrependimento, envergonhado e me achando imensamente infeliz e não merecedor de qualquer auxilio. Em minha mente, eu precisava sofrer.
Inacreditavelmente, na penumbra de minha alma, persisti por mais longos dez anos, até que em dia em suplica agoniante gritei, mentalmente por auxilio. Clamei a Deus Pai a sua misericordia.
Tão o logo o fiz, como num relampejo breve, extrema luminosidade de fez na minha região umbralina e o semblante doce de minha menina sorriu iluminando minha existencia.
- Paizinho, vim lhe buscar !
De nada mais me recordo daquele momento do resgate de minha alma.
Fiquem em Imensa Paz
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