Obra mediúnica "NA ESSENCIA D'ALMA" ( IV PARTE)
(Esta é uma obra mediunica; ainda não foi revisada em erros de gramatica ou ortografia; porem compartilho a sua essencia com muito amor no nobre obrar de Irmãos Espirituais)
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Equipe Espiritual Nosso Lar
Medium Maria
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IV – A REGENERAÇÃO
Acordei sentindo-me extremamente revigorado.
O silencio nas câmaras era imenso em função da prece matinal.
Inacreditavelmente após haver me recordado de toda a minha vida em plano físico, sentia uma enorme força em minha essência.
Cerrei os olhos e orei dando graças a um Pai infinitamente misericordiosos que nos ama em plenitude apesar de tantas imperfeições em tantos atos inconseqüentes de nosso espírito.
Uma mão serena em minha testa me fez despertar de minha prece. Um senhor me olhava com um amor enorme deixando-me constrangido.
- Agora está melhor meu irmão, podemos finalmente conversar se assim o desejares!
A voz saia incrivelmente harmônica e serena. Eu no entanto em minha emoção pronunciei inquieto e rouco.
- Sim senhor, desejo! Onde estou?
Aquele senhor foi me explicando com imensa tranqüilidade que me encontrava na Colônia, nas câmaras de retificação e que agora finalmente eu estava apto a ser transferido para outra unidade deste mesmo centro de regeneração.
Explicou-me a assistência que ali me tinha sido dada desde que fora resgatado nas regiões do Umbral e exemplificou o porquê do isolamento na enorme enfermidade do meu ser.
À medida que falava grandiosa paz me envolvia o espírito.
Não sentia minhas dores e tão pouco meus tormentos.
A paz era indescritível.
Imediatamente eu fui transferido e continuei meu tratamento numa outra unidade daquele imenso centro de regeneração.
Nesta unidade eu consegui compreender, que tanto eu, quanto os meus irmãos ali assistidos, em imenso amor, já se encontravam mais desvinculados das sensações da matéria e conseqüentemente menos intensos era o nosso sofrimento.
No entanto, as dores da alma, em nossas próprias imperfeições, numa etapa finda em corpo físico, ainda nos eram extremamente dolorosas.
O arrependimento e a vergonha eram inseparáveis em nossas mentes, perante os irmãos que nos assistiam e medicavam.
Estes por sua vez pareciam indiferente ás nossas sensações de culpa, sempre com uma compreensão ínfima, uma bondade extrema e um imenso amor fraternal para com cada em sua própria enfermidade espiritual.
Sentia que ali, o tratamento agora, não o era tão regenerativo, e sim imensamente reflexivo.
Incontáveis eram as viagens que fazia em minhas lembranças. Analisando e ponderando em cada pequena atitude errônea na jornada em corpo físico.
Numa destas viagens recordei saudoso de minha companheira. Eu sempre ausente e ela sempre tão amiga.
Lembrei do meu filho, que em seu ventre estava sentindo-me entristecido pela oportunidade perdida na convivência que não houve.
Recordei-me de minha filha tão querida.
Tantas oportunidades propositalmente perdidas por mim mesmo.
Por vezes sentia-me muito curioso em saber como tinham sido suas vidas após o meu desenlace violento.
No entanto compreendera, naquelas unidades de tratamento regenerativo, que o silencio e a reflexão é essencial a reabilitação do nosso ser; e imprescindível á seqüência necessária, a uma nova etapa de aprendizado na Colônia.
Tal qual uma escada que se sobe pausadamente degrau por degrau. Sim, assim o era a nossa escala evolutiva.
A minha reabilitação no centro de regeneração em etapas consecutivas e contínuas transcorria em serenidade absoluta em um enorme aprendizado diário, não só de minha própria existência como nos conflitos e nos sofrimentos de meus irmãos também
Já conseguia conversar com alguns ainda que em meu leito ainda permanecesse, pois não tinha forças para andar.
Certa vez o irmão que me auxiliava, disse que o corpo espiritual precisa estar são do corpo físico ainda existente e interligado, não obstante, no entanto a inexistência da matéria.
Naquela manhã após a prece que nos reconfortava o espírito e nos dava enorme incentivo à perseverança, silencioso estava em minhas lembranças agora mais tênues e reflexivas, quando abri os olhos, sentindo a forte presença de alguém.
Incontrolável foi o sentimento de me erguer e abraçá-la, mas enorme era a surpresa de vê-la novamente tão envelhecida. Posteriormente compreendi novamente que assim se apresentava para mim, para que eu compreendesse o tempo, não como uma mera casualidade, mas uma triste estagnação em minha evolução.
- Sou eu paizinho! Como se sente?
Por um breve período emudeci na emoção e nas lagrimas mais de arrependimento do que mera e forte saudade.
Ela, no entanto, no corpo extremamente envelhecido pegou uma de minhas mãos e falou serena.
- Quanto tempo o senhor perdeu paizinho, naquelas regiões escurecidas pela sua alma. Tanto tempo ficou nas câmaras de retificação para se restabelecer em essência de luz. Tanto há agora a recuperar em prol de um recomeço em sua evolução.
Dando uma pausa, prosseguiu emanando enorme tranqüilidade e luz.
- No centro de regeneração o senhor ainda ficará por longo tempo paizinho! Tempo este imprescindível para que desta unidade saia como um espírito de luz, apto á tarefas de obrar na colônia em prol de todos os irmãos.
Persevere paizinho, contínua e incessantemente! Estruture-se no passado de sua vida física tão somente para solidificar o presente em fortes alicerces, em sua consciência plenamente ciente do que fez ou como fez; visando a edificação do futuro em resgate tênue para com cada irmão em infinito Amor Fraternal e na Fé absoluta em Deus Nosso Pai.
As palavras de sua menina surgiam como uma enorme força impactando todo o seu ser.
Aquele dia para mim foi grandioso.
A visita de minha filha ao centro de regeneração, naquele imenso parque hospitalar tinha sido uma imensa complexidade em animo que me impulsionava a prosseguir.
Incentivava-me a me erguer definitivamente de minha dor ou de minhas culpas e a recomeçar.
Ciente estava de que uma nova oportunidade me aguardava. De que precisava recomeçava.
Percebi em meu ser, o enorme período de estagnação evolutiva que precisava ser recuperado nos princípios de Amor.
Naquele dia consegui pela primeira vez me erguer da cama e dar meus primeiros passos. Nos dias consecutivos mais passos dei. Logo a caminhada era prazerosa.
Deslocava-me entre os leitos, dialogando com meus irmãos e auxiliando-os.
Por vezes contava-lhes minha própria estória como incentivo á continuidade e para que compreendessem as suas próprias dores.
Um destes dias um irmão se aproximou em muita luz e em muita serenidade e me tirou temporariamente daquele interior de luz tênue.
Avistei uma paisagem indescritível em extraordinária beleza. Num imenso jardim no lado externo do centro de regeneração, eu revivia a sensação de plena beleza em flores mágicas que me beijavam o ser em infinitas cores e aromas. Arvores com grandioso encantamento. Um verde absolutamente fantástico. Um céu imensamente claro como nunca vira no plano físico.
Como era extraordinário.
Não havia palavras para descrever a minha enorme sensação de vida.
Não tinha como pronunciar uma só palavra tão bem que me sentia. O Irmão que me assistia ali me deixou na reflexão.
Caminhei hesitante não me achando merecedor de paisagem tão fascinante ou de uma natureza tão absoluta.
Porem caminhei posteriormente certo de que merecia aquele momento porque este momento Deus me ofertava com amor e comecei a caminhei determinado e convicto de que a vida é um incessante recomeçar diário em incontáveis oportunidades, de um Pai infinitamente bom que deseja ver seus Filhos em e felizes.
Retornei para o interior do centro de regeneração, sentindo-me ainda extasiado com a imensa beleza, que se descortinava, numa vida renovadora para mim, em incessantes oportunidades, de obrar em imenso Amor , para com os Meus Irmãos e numa grandiosa oportunidade ao contínuo aprendizado em minha evolução.
Podia sentir finalmente meu corpo espiritual em essência plena de luminosidade, livre de uma alma enferma.
Olhei para os Meus Irmãos que ali se encontravam em recuperação, amando-os em plenitude e abençoando-os com a minha sincera vontade de que prontamente assim também se restabelecessem, sentindo uma energia fantástica proveniente de um Pai onipotente que nos abençoava infinitamente com Amor.
Senti uma mão quente em meu ombro, vir-me-ei e um dos assistentes do centro que muito me auxiliara na enfermidade de minha alma, me disse tranqüilamente em serenidade absoluta, que eu estava são e teria finalmente minha alta.
Caminhei com ele sem receios.
Desejava ardentemente recomeçar.
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