Obra mediúnica "NA ESSENCIA D'ALMA" ( X PARTE)
(Esta é uma obra mediunica; ainda não foi revisada em erros de gramatica ou ortografia; porem compartilho a sua essencia com muito amor no nobre obrar de Irmãos Espirituais)
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Equipe Espiritual Nosso Lar
Medium Maria
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Uma sensação inquietante se apossava de todo o meu ser o que eu não compreendia.
Inexplicavelmente me sentia imensamente preocupado com a jovem Ângela e toda a vez que pensava nesta surgia em minha mente o semblante de minha filha Alice o que não compreendia.
Após me despedir de meus companheiros caminhei para casa e encontrei-me com Lucia, Carmem e Rita.
Todas se felicitaram com o meu retorno e pediam que eu contasse o obrar no umbral.
Olhei-as tranqüilo e falei:
- Caminhamos num imenso vale de sofrimento e dor. Numa atmosfera densa impregnada de um magnetismo impressionante na qual nossos Irmãos plasmam num processo contínuo suas aflições.
Emanamos imensa luz e amor sem que o sentissem os medicamos atenuamos suas enfermidades tal qual se limpa feridas que purgam. Dissipamos elos prejudiciais á evolução. Saciamos a alma. Obramos silenciosos.
Dei uma pausa e continuei no imenso silencio de cada uma de minhas Irmãs que escutavam atentamente.
- O nosso mentor os tocava com as palavras de Nosso Pai, convidando-os ao auxilio e pedindo-lhes que nos acompanhassem. Porem a nossa suplica ainda que se expandisse num imenso abraço terno retrocedia no vazio das incógnitas daquelas existências.
Novamente respirei profundamente e prossegui:
- Assim foram estes dias no obrar de amor dos missionários do umbral. Nas centenas de irmãos que tocamos com a Luz de Deus Nosso Pai somente uma dezena aceitou nosso imensuravel Amor! Por vezes o obrar é árduo e a semeadura parece em vão. Mas ciente estou que em cada Irmão novamente semeamos a infinita misericórdia de um Pai ansiando que se restabeleçam dos males que a si mesmo se fazem e em momento oportuno cada um visualizará em sua essência d’alma a vida que anseia evoluir.
Pausadamente explanei ás minhas Irmãs o socorro aos dez irmãos que amparamos com amor trazendo-os para o parque hospitalar para assistência e reflexivo e inexplicavelmente relatei a imensa emoção que sentia especialmente no resgate da jovem Ângela.
Lucia olhou-me enternecida tentando auxiliar-me em minhas incompreensões e disse serena:
- Os Laços Afetivos de nossas existências nesta ou em todas as esferas, num corpo físico ou num corpo espiritual quando edificadas no autentico amor são indestrutíveis. Com certeza com esta Irmã tens a oportunidade ao reencontro de uma afetividade que não cessou com o tempo ou a distancia. Alma Amiga o é em todas as incessantes vivencias na existência de tua alma.
As palavras de minha irmã me tocavam no discernimento de uma instrução já assimilada, mas somente naquele instante se refletia em mim, na compreensão de que realmente eu me reencontrava, em amor já vivenciado numa outra oportunidade, com aquela Irmã que temporariamente desconhecia, mas que sentia forte na essência de sentimentos que emanam intensos em nosso ser.
Após o repouso retornei ao incessante aprendizado na unidades de esclarecimento, mas encontrava-me ansioso por recomeçar o meu obrar no parque hospitalar, rever irmãos em recuperação e já em sua própria evolução.
Poder ter conhecimento do estado dos Irmão resgatados no umbral e principalmente ter noticias de Ângela.
Tão logo entrei no pavimento extremamente alvo Lucia me olhou com ternura dando as boas vindas.
Serenamente foi me falando um pouco dos Irmãos que acompanhávamos em sua regeneração.
Feliz comunicou-me da melhora gradativa de seu filho Rui, mas afirmando entristecida que deste ainda não se aproximara por não ser oportuno á sua recuperação.
Com enorme amor caminhei até este e percebendo que se mostrava consciente falei-lhe sorridente emanando-lhe luz confortadora.
- Sentes-te bem Irmão Rui?
O senhor olhou-me inquieto. Os olhos extremamente fixos em meu semblante. As pupilas se deslocavam apressadas numa procura intranqüila vasculhando a enfermaria. Persisti emanando conforto:
- Sei que ainda não te comunicastes! Desejas falar comigo?
- Sei que ainda não te comunicastes! Desejas falar comigo?
Rui olhando-me fixamente indagou:
- Onde estou? Que luz tênue, mas intensa é esta?
- Onde estou? Que luz tênue, mas intensa é esta?
Num obrar incessante em energia que a este era direcionada falei calmamente para tranqüilizá-lo.
- Estás numa unidade de tratamento e ainda estás enfermo. Deves ficar tranqüilo, pois isto é essencial á tua recuperação!
O Irmão Rui cerrou os olhos se contorcendo em dor e eu intensifiquei o auxilio magnético em oração. Novamente sedado adormeceu e eu me afastei a fim de medicar outros Irmãos naquela mesma enfermaria.
Ao sair do ambiente encontrei Lucia que imediatamente me indagou:
- Conseguistes falar com ele? Está bem?
- Conseguistes falar com ele? Está bem?
Sorrindo-lhe falei confiante:
- Está muito bem Lucia! Em recuperação como todos os Irmãos! Obras aqui á muito tempo e sabes que o processo regenerativo dos Irmãos resgatados no umbral é lento. Também eu fui aqui medicado por longo tempo até estar apto ao recomeço em minha evolução. Serena teu ser minha Irmã!
Dizendo isto eu dei um enorme abraço apertado recordando-me rapidamente, de que em corpo físico os seres tem medo de demonstrações de afeto e freqüentemente somente as efetuam em datas festivas ou momentos oportunos.
Esquivam-se de demonstrar amor fraternal para com os seus Irmãos.
No longo abraço fraternal que dava naquele instante á minha Irmã, refleti rapidamente em como flui a troca de energias entre os seres no contato espiritual extremado em real sentimento.
Num mero aperto de mão, num abraço, num afago coexiste um intercambio momentâneo de luz extraordinário, revitalizando cada ser numa troca proporcional de magnetismo essencial a cada um.
Adveio ainda a minha reflexão lembranças breves da infância de minha filha Alice, que em plano físico dormia serena segurando a minha mão de pai.
Lembrei-me da sensação de calor entre as duas mãos que se mantinham unidas em amor.
Afastando-me de Lucia disse-lhe:
- Como é bom abraçar!
Minha Irmã sorriu em reciprocidade e ambos fomos continuar o nosso obrar no auxilio a muitos irmãos.
Longo tempo se passou acompanhando diariamente a recuperação de meus irmãos.
O Irmão Rui já caminhava nas enfermarias confiante e Lucia aguardava ansiosa o momento oportuno de reencontrá-lo em seu amor de mãe.
A Irmã Ângela e os outros companheiros, no entanto ainda se encontravam nas câmaras de retificação onde ainda não poderia vê-los.
Desejava muito poder olhar novamente para o semblante daquela jovem e compreender na essência da minha alma o imenso sentimento que lhe era proveniente.
Carmem e Rita haviam se despedido de nós e iniciavam o processo preparatório para uma nova reencarnação em plano físico.
No lar, eu e Lucia nos sentíamos saudosos dos irmãos que haviam partido, mas felizes por seus recomeço orávamos para que conseguissem êxitos em sua escala evolutiva.
Naquela manhã obrava oportunamente nas oficinas de magnetização quando o meu mentor Luis me chamou dizendo:
- A Irmã Alice deseja te falar, está no jardim!
Rapidamente sai da unidade de treinamento pratico e caminhei pelo jardim procurando-a. Encontrei-a sorridente sentada em um pequeno banco. Ofertou-me um abraço mágico em imenso amor e novamente sentando-se disse:
- Soube das novidades!
Olhei-a surpreso sem compreender ao certo o que dizia. Ainda sorrindo Alice continuou:
- Auxiliastes no resgate da minha mãezinha! É Ângela!
Estava perplexo e não conseguia compreender ou assimilar o que me dizia. “Como poderia ser a minha esposa aquela jovem?” Com certeza era uma brincadeira de minha filha! Alice, no entanto compreendendo o meu tormento pegou minha mão e apertando-a na luz do amor eu fluía intenso entre ambas esclareceu:
- Ficastes paizinho noventa anos no umbral; sete anos nas câmaras de retificação; quatro anos nos centros de regeneração do parque hospitalar. Estás á cinco anos obrando na colônia.
Olhou-me fixamente tranqüila dizendo:
- Faz as contas Vitor! Rapidamente passaram-s e cento e cinco anos de tua existência. Parece demasiado para nós ainda tão imperfeitos, mas sensato seria pensarmos que quarenta anos no plano físico passam imensamente rápido também.
- Faz as contas Vitor! Rapidamente passaram-s e cento e cinco anos de tua existência. Parece demasiado para nós ainda tão imperfeitos, mas sensato seria pensarmos que quarenta anos no plano físico passam imensamente rápido também.
Colocando o braço no meu ombro, num confortável gesto carinhoso continuou:
- A mãezinha concluiu sua reencarnação durante sessenta anos, em êxitos de amor para com o semelhante. Não estagnou em sua existência. Esteve numa outra esfera evoluindo durante vinte anos. Propôs-se a uma nova vida física e aqui está novamente após um período de dois anos nas regiões umbralinas.
Não consegui me conter nas lagrimas que desciam em minhas faces relembrando o enorme tempo em minha estagnação evolutiva em quanto irmãos prosseguiam em suas próprias existências numa evolução lenta, mas contínua. Alice compreendendo meu imenso arrependimento secou minhas lagrimas com as suas mãos dizendo:
- Não Vitor, sabes que o reconhecimento de nossas imperfeições edifica em nós os alicerces necessários á continuidade, mas o arrependimento em dor nada edifica só destrói.
Controlando-me respirei profundamente e indaguei com dificuldade:
- É tão jovem, porque um projeto reencarnatório tão breve? Porque foi para as regiões umbralinas!
Alice mencionou que nada mais tinha permissão a falar-me pedindo-me que auxiliasse a sua recuperação em amor.
- No momento oportuno compreenderás a sua recente existência em plano físico e o motivo pelo qual veio para esta colônia possibilitando o vosso reencontro.
Dizendo isto Alice se levantou e num longo abraço novamente despediu-se me desejando evolução. Sorrindo afastou-se, mas ainda consegui ouvi-la dizendo alegre:
- Obra com Amor Vitor!
- Obra com Amor Vitor!
No banco daquele jardim permaneci por longo tempo, até que meu mentor se aproximou:
- Estás bem?
- Estás bem?
Olhei-o confiante e sereno porem falei emocionado.
- Deus Nosso Pai é Fantástico em sua infinita Bondade me concede um reencontro inesperado na infinita oportunidade ao resgate de amor!
Novamente pranteei, mas agora não o fazia por arrependimento eu expressava com minhas lagrimas um enorme agradecimento ao Criador que explodia em todo o meu ser.
Nas lágrimas que fazem fluir da essência da Alma o seu brilho em plena veracidade me senti imensamente fortificado na plenitude de minha existência e caminhei determinado a prosseguir sempre num maior empenho no obrar de amor para com o próximo e na esperança de que Ângela rapidamente pudesse se restabelecer.
Diariamente em minhas preces clamava a Deus Pai que eu conseguisse auxiliá-la em imenso amor, resgatando para com esta irmã todas as minhas imperfeições de uma vida física.
Na infinita misericórdia de Deus Pai os dias se aceleraram no qual eu me empenhava em me esclarecer e me aprofundar em ensinamentos essenciais ao auxilio. Nas tarefas de amor no parque hospitalar sempre me informava da recuperação de minha irmã.
A irmã Lucia sempre se aproximava sorrindo e contava-me as novidades sobre o restabelecimento de muitos irmãos
Naquela manhã estava radiante em felicidade, pois o seu filho se recuperara e já conseguia caminhar em sua evolução.
Falou iluminada:
- Deixaram-me ver meu filho!
Acalentei-a num imenso abraço e indaguei em profundo interesse:
- Quando Querida Irmã?
Lucia sem soltar o abraço que transmutava imensas energias balbuciou:
- Nos próximos dias!
Depois se afastando olhou-me e disse serena:
- Tua companheira Ângela sairá das câmaras de retificação!
Surpreendido em emoção indaguei-lhe a data, mas ela me respondeu que também seria nos próximos dias.
Em enorme expectativa prosseguimos aqueles dias com o obrar e o aprendizado de amor.
Até que um dia imensamente especial para ambos chegou. A irmã Lucia conversaria pela primeira vez com seu filho e eu poderia rever minha companheira Ângela nas unidades de regeneração, na enorme bênção de Deus Pai que concede a cada filho a oportunidade ao resgate mutuo.
A irmã Lucia caminhou lentamente na direção ao leito do seu filho Rui.
A emoção era imensa em todo o seu ser numa existência que lhe possibilitava o reencontro com o seu filho. Aproximando chamou-lhe sem hesitação:
- Meu filho sou a tua mãe!
O senhor olhou-a confuso, mas em seu próprio ser sentia a imensa emanação de amor que fluía da essência de ambos e as lembranças se precipitaram incessantes em sua mente percebendo-se seu filho.
Lagrimas ininterruptas fluíram de sua alma abraçando Lucia com enorme amor.
Para ambos naquela oportunidade não foram necessárias palavras o silencio expressava enorme elo indissolúvel.
Eu caminhei hesitante. Ciente estava de que não poderia me aproximar em função de sua enfermidade.
Distante do leito observei a jovem Ângela com imenso amor recordando-me da companheira serena que havia sido compartilhando uma existência física ao meu lado.
Impossível era assimilar a sua imagem tão jovem, era tão divergente do corpo físico de minha esposa, no entanto o sentimento que se expandia em meu ser com certeza o percebia na essência.
Paralisado em minha admiração por aquele ser eu compreendia em mim mesmo a sua ascensão evolutiva mediante a minha estagnação por longo período em minhas próprias determinações nas regiões umbralinas.
Não me sentia triste, mas assimilava em mim mesmo a imensa necessidade de perseverar incessantemente em minha evolução.
O semblante sereno em seu estado sedativo me emanava tranqüilidade.
Era o repouso da sua alma essencial á sua recuperação e indispensável á sua continuidade.
Fiquem em Imensa Paz
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