sábado, 18 de agosto de 2012

" NA ESSENCIA D'ALMA" - Obra Mediúnica (XXI Capitulo)

 Obra Mediúnica "NA ESSÊNCIA D'ALMA" (XXI PARTE)
  ESTA É UMA OBRA MEDIÚNICA; AINDA NÃO FOI REVISADA EM ERROS DE GRAMATICA E/OU ORTOGRAFIA; POREM COMPARTILHO A SUA ESSÊNCIA COM MUITO AMOR NO NOBRE OBRAR DE IRMÃOS ESPIRITUAIS
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EQUIPE ESPIRITUAL NOSSO LAR
medium maria
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XXI – O RESGATE


Analisando na Colônia estes períodos em minha oportunidade encarnatoria poderia claramente identificar na minha oportuna existência a misericórdia de um Pai que me concedia os meios á minha própria evolução num aprendizado constante.

 No livre arbitre do proceder agia em perfeição ou imperfeição com um poder de escolha integro.

Como neto a nobre oportunidade ao resgate com um irmão que lesara numa vida regressa e que temporariamente me era um avô.

Como filho a arte inquestionável de amar as imperfeições de irmãos nos laços estreitos da familiaridade.

A complexa relação coexistente num transcorrer diário com meus pacientes na oportunidade da medicina; transpondo obstáculos na diversidade de pensamentos e ações na exemplificação diária com as conseqüências dos atos de cada um de meus irmãos.

Auxiliando-os continuamente a que se erguessem em suas aflições de corpos enfermos e se no real desejo de se regenerarem não somente num invólucro apto a prosseguir numa crosta existencial perseverassem num aperfeiçoamento moral erguendo-se na fé na reestruturação de suas próprias oportunidades.

Na união com uma companheira a oportunidade á solidificação em amor de um resgate mutuo na afetividade outrora negada.

Na presença de minha filha Alice como minha mentora espiritual a enorme concessão de Deus na oportunidade engrandecedora na conexão mental de unirmos esferas regenerando o invólucro de irmãos e regenerando-os no amparo a que prosseguissem aptos em suas próprias existências.
O obrar em luz perseverante em fé e ciente de que a existência na essência dalma é ínfinita.

Envolvido continuamente com a complexidade do magnetismo obsessivo entre irmãos numa mesma esfera em corpos físicos ou num intercambio idêntico entre esferas entre irmãos em corpo espiritual e um corpo físico a primordial necessidade no aprender em mim mesmo a nos libertarmos na essência alva que provem de nosso interior e na prece que harmoniza e serena.
Numa correlação absoluta com minhas próprias existências nas quais influenciei e me deixei influenciar num vampirismo absoluto.
Daquele dia em diante em minha vida encarnatoria Deus me concedia a oportunidade a vivenciar não somente a manipulação de meu próprio poder magnético que havia assimilado por longos períodos na Colônia.
No amparo incessante de minha mentora a oportunidade a exemplificar minha própria sabedoria assimilada na benção a meus irmãos.
Na casa de luz que freqüentava assiduamente duas vezes por semana nos passes regeneradores em fluidos, no laborar profissional ou no ambiente familiar era a grandiosa benção de um Pai a que me erguesse em mim mesmo doando minha essência num aprendizado incessante de amor.
Nas ruas a oportunidade engrandecedora de regenerar e amparar no obrar igualmente em luz magnética abençoando silenciosamente os irmãos aos quais desconhecia plenamente suas existências, mas podia oportunamente ver-lhes as aflições nos semblantes ou no invólucro enfermo.
Perderia o medo de elevar o nome de um Pai infimamente bom e justo e medicaria freqüentemente pronunciando o seu nome com imensa humildade e grandiosa admiração.



Muitas manhãs resplandeceram numa claridade que nos abençoava num corpo físico apto na oportunidade imperiosa de prosseguir.
Erguia meu corpo agradecendo a Deus a cada amanhecer abençoado em múltiplos recomeços.
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Transcorreu então minha existência aceleradamente num incessante aprendizado.

Conversando mentalmente tranqüilo com minha mentora que me instruía pacientemente em meu proceder como médium e no exercício de minha mediunidade com muita responsabilidade.

Amparando minha companheira em amor para que seguisse em sua própria existência serena e apta a perseverar na sua própria luta contra a enfermidade.
Naqueles muitos períodos em que havíamos nos unido em matrimonio em si mesma se restabelecera na força inquestionável da sua essência e em seu próprio corpo curava células enfermas num processo acelerado de auto-regeneração.
Em sua fé e em sua perseverança vencia a enfermidade prosseguindo na sua vida apta como professora primaria não somente na arte de instruir, mas de evangelizar irmãos.

Minha irmã permanecia em nosso lar, reequilibrando-se diariamente em suas emoções numa luta incessante em se erguer e recomeçar.
Num processo lento na justiça a dissolução de sua união matrimonial cientes da impossibilidade de prosseguirem juntos.

Meu avô na residência de meus pais em sua própria existência perseverava imensamente humilde e resignado em suas limitações. Alegre diariamente confeccionava os seus bonecos artesanais e viajava nas paisagens de suas lindas telas que vendia rapidamente auxiliando na renda familiar.

Meu pai na unidade hospitalar em que trabalhava era um bom medico não somente de homens, mas de almas.

Acompanhava-me freqüentemente em meu próprio trabalho não somente aprendendo, mas compreendendo que a energia proveniente da essência de todos os seres é o poder absoluto ao seu próprio restabelecimento.
Acompanhava-me semanalmente á casa de luz auxiliando e amparando irmãos em tarefas fraternais.

Minha mãe em sua profissão também se aperfeiçoava diariamente exemplificando a doutrina que estudava incessantemente.

Tudo transcorria em imensa paz e agradecido não estava somente a Deus pela oportunidade de minha vida, mas aos amigos espirituais que nos acompanhavam incessantemente nos amparando em nossas necessidades oportunamente existenciais num corpo físico.
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As batidas na porta de meu lar naquele dia eram intensas e fortes.
Despertei assustado olhando surpreso que a madrugada ainda era escura e fria.

Caminhei rapidamente e abri a porta preocupado em socorrer quem a batia tão aflito.

Um golpe violento em minha cabeça me fez desfalecer o corpo.
Despertei em um quarto hospitalar sem me compreender pela primeira vez num leito como paciente.
Olhei ao redor e percebi que não tinha outros irmãos na enfermaria silenciosa.
Vi o vulto de minha mentora que se aproximava em luz e elevando as próprias mãos emanou-me um passe regenerador em sensações que provinham ao meu ser em serenidade e harmonia reconfortantes.
Tentei dialogar, mas a minha cabeça doía agora imensamente.
Com dificuldade nos movimentos tateei a testa onde imensa dor se localizava e compreendi um longo ferimento em pele saliente sob um curativo.

Obviamente conclui que estava ferido e que a dor não era somente proveniente daquele corte, mas em toda a minha cabeça irradiando-se ao corpo num cansaço absoluto.
Olhei novamente minha mentora e quando me esforçava para indagar-lhe o que tinha acontecido novamente adormeci.

Num novo despertar me vi novamente na mesma enfermaria de muitos leitos no qual não estava mais só. Vários enfermeiros auxiliavam ali os pacientes acamados.
Um enfermeiro aproximou-se amparando minha cabeça com delicadeza no travesseiro macio e arrumando o lençol em meu leito.
Olhou-me prestativo e falou:

- O senhor está melhor Doutor por este motivo foi transferido para a enfermaria coletiva. Como se sente?

Com imensa dificuldade indaguei preocupado:

- Em que hospital estou? O que aconteceu comigo?

O enfermeiro pediu-me que ficasse tranqüilo enquanto me dava um remédio e um pouco de água.
Posteriormente começou a trocar o curativo no ferimento em minha testa.

- O corte foi muito profundo, mas a cicatrização está excelente. Ainda sente muita dor?

Meneei a cabeça negativamente, percebendo que os meus movimentos já eram mais ágeis e o incomodo na cabeça era um pouco menos incomodo em dor.
Aproximou-se um medico e o enfermeiro que havia concluído sua tarefa afastou-se.
Aquele senhor olhou-me com seriedade e falou:

- Precisamos conversar porem precisas ficar tranqüilo!

Compreendi em seu olhar que algo terrível iria falar-me e meu corpo estremeceu. Ele sentou-se numa cadeira ao lado de meu leito colocando-se em posição de amigo e falou:

- Estavas dormindo em teu lar quando de madrugada o companheiro de tua irmã despertou-te batendo na porta completamente alcoolizado e drogado. Abristes a porta sem temores e este te agrediu violentamente com uma madeira forte em tua testa o que fez um enorme ferimento e te fez perder imediatamente os sentidos.

O medico deu uma pausa e prosseguiu ciente de sua responsabilidade em me narrar os fatos.

- Ele então agrediu tua companheira que também ouviu o barulho e se aproximou da sala para ver o que acontecia. Com golpes extremamente violentos que seu corpo não suportou a matou.

Um tremor absoluto surgia em todo o meu corpo enquanto eu balançava apressadamente minha cabeça em negativa tentando não acreditar no que escutava daquele medico com semblante serio e tristeza aparente.
Percebi que o meu corpo cedia ao medicamento sedativo dado pelo enfermeiro que me mantinha propositalmente tranqüilo.
O medico continuou em sua árdua tarefa.

- Ele foi ao quarto onde repousava tua irmã e também a agrediu violentamente saindo em rápida fuga posteriormente. Tua irmã foi rapidamente socorrida por vizinhos que ouviram seus gritos e sobreviveu ainda por algumas horas neste hospital. Foi ela que nos falou quem tinha vos feito tanto mal, porem não resistiu aos ferimentos e faleceu.

Agora as lagrimas desciam intensas em meu rosto na imobilidade de meu corpo imóvel.
O medico colocou a sua mão em meu ombro e disse imensamente sensibilizado:

- Eu lamento!

Dizendo isto se afastou e somente então eu percebi a presença de meus pais que também pranteavam dor.

Abraçaram-me no leito e eu adormeci no efeito do tranqüilizante.

Ao despertar percebi rapidamente que tinha sido transferido para o hospital no qual trabalhava. Os semblante amigo de enfermeiros que conhecia me cumprimentavam com ternura sem palavras.
Inexplicavelmente sentia-me sereno e em proteção na dor imensa em todo o meu ser no sentimento da incompreensão.
Assimilava os acontecimentos na perda de duas irmãs imensamente queridas, mas não conseguia discernir em minha mente a sua exclusão de minha vida tão abruptamente.
Enorme dor me veio proveniente de minha essência pranteando silencioso.
Um enfermeiro aproximou-se e pegou em minha mão mostrando em seus olhos uma solidariedade imensa.
Aos poucos lhe indaguei á quanto tempo estava hospitalizado e ele me respondeu rapidamente que todos os exames tinham sido realizados em dois dias e que na benção de Jesus nenhum tumor ou derrame havia sido diagnosticado em meu cérebro.
Informou-me carinhosamente que tinha me restabelecido e que teria alta naquele dia e afastando-se disse com amor que meu pai iria pegar-me na enfermaria.

Ainda pranteava minha dor quando minha mentora aproximou-se em seu vulto reluzente em cor e brilho.

Indaguei-lhe mentalmente agoniado em imensa suplica:

- Por quê? O que fiz?

As lagrimas agora não somente fluíam de meu corpo.

Eram provenientes de minha essência.

Lembranças carinhosas de minha companheira sorrindo ou de minha irmã em sua juventude brincando comigo vinham rapidamente em minha mente num fluir intenso de amor.
Na aflição que me atormentava indaguei novamente numa seqüência ininterrupta de porquês.
Minha mentora que estava acompanhada de alguns amigos espirituais que me emanavam fluidos energéticos falou:

- Desejavas compreender a dor da perda e a sua superarão em plenitude no ato imperfeito de um irmão amando-o em perdão absoluto. Assim o escolhestes na necessária evolução em teu projeto encarnatorio.

Meneei a cabeça negativamente mostrando-me indignado.

- Não compreendo, porque escolheria imensa dor? Sou um homem bom e tenho agido como um bom cristão. Tenho obrado incessantemente em luz contigo amando todos os irmãos!

Ela tentou tranqüilizar-me afirmando:

- Serena teu ser meu irmão e compreenderás!

Dizendo isto se afastou com os outros irmãos e novamente eu estava só na dor da incompreensão em mim mesmo.
Cerrei os olhos que pranteavam meu sofrimento e orei pedindo a Deus o discernimento ás minha indagações e o alento para a minha dor.
Porem em dor adormeci. Despertei com o toque leve de dedos em meu ferimento e vi meu pai. Este auxiliou a que me levantasse o que o fiz ainda sentindo-me inseguro e apoiando-me nele.
Caminhamos silenciosos e entramos no veiculo que se deslocou rapidamente pelas ruas e avenidas nas quais eu percebia entristecido que apesar de uma tragédia ter ocorrido, a vida prosseguia veloz para todos.
Olhei o céu muito azul e senti a intensidade do sol forte.
Escutei finalmente meu pai que me indagava como me sentia, mas eu não consegui responder imensa era minha tristeza.
Meu pai compreendendo novamente silenciou. Era ele agora que orava clamando a Deus a misericórdia na minha superação em resignação e humildade.
Eu inexplicavelmente nada consegui pensar tão absorto estava em mim mesmo.
Chegando à casa de meus pais recebi o imenso carinho e amor de minha mãe e de meu avô. Numa fração surpreendente de segundos eu olhei o meu avô convicto de que somente ele compreendia minha dor.
Senti-me bem em ficar só naquele que havia sido o meu quarto e minha mãe havia arrumado com esmero.
Indiferente a tudo numa exaustão de vida deixei-me abater em minha cama de juventude e adormeci.

Sentia-me na essência d’alma inabalavelmente forte e resistente a superar em mim mesmo a fúria que advinha em emoções controláveis, no entanto no auge de minha incompreensão com a situação que se sublimava numa oportunidade grandiosa diante de mim eu escolhia a dor de meu próprio tormento intensificando e emanando fluidos de incompreensão igualmente para com os meus irmãos.

Elevava-me diariamente numa estagnação em sofrer ininterruptamente angustias e metabolizando no meu corpo uma degeneração gradativa destruindo minha auto defesa.
Não assimilava, no entanto que a dor agora era proveniente de mim mesmo ainda que discernisse claramente que a opção no caminho da revolta era antagônico á minha própria continuidade.
Pouco refletia em meu proceder, mas continuamente analisava e questionava a conduta de meus irmãos.

O tempo ficou escasso para preces ou orações que clamassem a Deus a sua benevolência auxiliando-me a me erguer ou me trouxessem ao ser um pouco de harmonia essencial a que em mim mesmo me erguesse em serenidade.
Inexistia a vontade de contemplar a natureza em sua escelsa beleza no transtorno mental em que me encontrava e era com certeza incompatível com a benção serena da criação.
No transcorrer de dias tornei-me prisioneiro de mim mesmo atraindo á minha existência irmãos em corpo espiritual em faixas vibracionais em igual sofrimento e com estes estabelecendo elos magnéticos em energias que intensificavam nossos sofrimentos.
Esquecia-me de mim mesmo meramente para interminavelmente propagar meu sofrimento de incompreensão no ato de um irmão.

Novamente a vida me surpreendia nas intempéries de meu próprio aprendizado na oportunidade imensurável de superá-los numa conduta condigna em princípios cristãos ou no fervor da intemperança de minhas imperfeições.

Nesta nova etapa em minha vida encarnatoria a oportunidade grandiosa no discernir entre o compreender e perdoar ciente de que o efeito com certeza era a causa de um ato outrora por mim mesmo elaborado, na justa lei da causa e do efeito.

Engrandecer-me na fé ciente que na ínfima bondade de Deus Pai minha irmãs estavam em seu amparo.

Erguer-me incontestavelmente do torpor das emoções reencontrando meu equilíbrio apesar da incompreensão do proceder de meu irmão simplesmente na minha própria necessidade de prosseguir em minha própria existência.

Nos dias que corriam breves no período determinado de uma oportunidade corpórea eu me entregava á apatia na inércia de meus próprios atos.
Num processo depressivo não me ascendia na primordial necessidade de simplesmente viver.

Mas o Pai não abandona seus filhos.

Nas múltiplas palavras que provinham freqüentemente de minha mentora incentivando-me á superação.

No carinho de meu pai tentando fazer-me refletir sobre a minha existência e a doutrina que assimilava em plenitude.

No amor de minha mãe clamando-me que me levantasse da cama, me alimentasse melhor ou fizesse um passeio.

Na companhia incessante de meu avô freqüentemente silencioso, mas que incessantemente implorava com os olhos que eu parasse de me destruir como o havia feito em vida regressa ainda que isto não o lembrasse na oportuna existência.

Porem os apelos de Deus que surgiam em bênçãos diárias por meio de meus irmãos eram em vão em meu próprio livre arbítrio.

Sentia que gradativamente a minha mentora e os amigos num corpo espiritual se afastavam deixando-me só em respeito á minha liberdade de escolha. Concediam-me o auxilio a me erguer e caminhar, mas incompreensivelmente eu escolhia ficar só.



 
Naquela noite levantei-me e observando-me no espelho vi a cicatriz que se alongava em minha testa.
Tocando-a me revoltei intensificando em mim as dores que desconhecia no sofrimento de minha companheira e de minha irmã.
Ainda olhando-me no espelho com os olhos em fúria lembrei-me que minha companheira lutava arduamente em si mesma contra a enfermidade numa vontade imensa de viver e num ato injustificado e intensificado pela dependência química na conduta errônea de um irmão em alguns instantes eliminara todas as suas conquistas destruindo todas as suas possibilidades.

O vulto de meu irmão vinha á minha mente sorridente, em imagens rápidas nas quais brincava no torpor alcoólico com seus irmãos de ócio e isto me arremessava velozmente a uma revolta ainda maior ciente de sua liberdade não somente no corpo apto, mas no proceder.

Arrumei-me rapidamente e sai determinado de meu lar.

Fazia frio na noite escura e me arrepiei. Entrei no veiculo e me desloquei cego em minhas emoções até ás proximidades do lar que era de minha irmã ainda que estivesse ciente de que meu irmão ali não se encontrasse estando foragido naquele período.

Caminhei avistando numa penumbra triste o pequeno jardim frontal observando as roseiras que minha irmã plantara com esmero e dedicação no inicio de sua união em imensa felicidade.
Sentindo enorme revolta chutei o pequeno muro que fazia divisa com a calçada e a rua. Lagrimas intensas novamente desciam em minha incompreensão.
Esfreguei o rosto e novamente me desloquei apressado até minha própria residência. Peguei as chaves habilmente guardadas entrei temeroso.
O cheiro de limpeza não conseguia extinguir em mim o aroma que ali se impregnava da desgraça.
Em imagens rápidas se intercalava a minha harmonia familiar e a extrema violência ocasionada por um irmão.
Ainda que nada tivesse visualizado do ataque violentamente hostil em minha mente se concretizavam cenas de imensa dor.
Angustiado não consegui permanecer em meu próprio lar e sai acelerado em fuga de meu próprio desespero retornando á casa de meus pais e recolhendo-me em meu quarto no qual não consegui dormir.

Voltei ás minhas atividades no hospital com a marca da violenta tragédia em minha vida exposta a todos.

Era um novo amanhecer na oportunidade de superar-me em minha fé e no conhecimento que assimilava compreendendo que toda a causa tem um efeito e que com certeza eu não era um mero filho inocente ante os próprios acontecimentos.
Apesar da amizade de meus colegas e auxiliares de profissão e de seu carinho extremoso desejando auxiliar-me a tudo superar e prosseguir sereno, na unidade hospitalar eu tratava agora não somente estes amigos, mas igualmente os pacientes com total frieza e indiferença me auto-justificando de que o agir sendo bom e justo em nada adiantara em minha existência.
A dor me absorvia a bondade e a humildade em lhes doar o que temporariamente não mais possuía na essência da alma, amor.

A minha oportunidade em plano físico passou a ser uma sucessão de erros ocasionados por mim mesmo e o assumir a conseqüência destes atos numa seqüência de intempéries em minha vida.
Não somente na unidade hospitalar se afastavam irmãos, os amigos de doutrina pouco a pouco foram se distanciando percebendo-me arredio e distante dos princípios cristãos na revolta aparente.
Minha família prosseguia entristecida cada qual em sua própria existência acelerada, respeitando-me o proceder.
Estava só num isolamento imposto por mim mesmo na dor que se intensificava nas lembranças da alegria e da ternura outrora vivenciados.

Por dois longos anos a minha vida se tornara em emaranhado de sentimentos desequilibrados.

Naquela manhã novamente me erguia do repouso sentindo-me exausto em minha mente perplexa.
Deixei-me refletir na imagem do espelho que me acusava o proceder na barba que deixara crescer ou nas rugas que se salientavam em meu semblante. Lavei o rosto tentando apagar em mim mesmo a própria consciência de que me destruía, mas em mim permanecia a suplica agoniada de minha essência que clamava incessantemente “que fizestes de ti”.
Oportunamente nestes momentos reflexivos em minha conduta errônea numa auto destruição progressiva sentia os passes reconfortantes de amigos espirituais que na ínfinita misericórdia de um Pai harmonizavam um pouco o meu ser restabelecendo-o de si mesmo. Mais leve em meu reequilíbrio ouvia a voz amiga de minha mentora que clamava em minha mente que recomeçasse.
Ali agora novamente olhando-me mais calmo no espelho podia sentir em meu corpo as conseqüências de sentimentos perturbadores. O meu coração acelerava-se descompassado.

O meu estomago doía reclamando exageros no que ingeria e na ira que o contorcia numa severa gastrite.

Ácidos que eram gerados na proveniência de minha insatisfação geravam náuseas.

Minha dor ordenava ao meu cérebro comandos inapropriados á hábil manutenção de todo o invólucro.

- Meu Irmão que fazes de ti?

Escutei oportunamente a minha mentora indagar-me em imensa serenidade.

Novamente molhei o rosto e deixando-o molhado e frio caminhei até minha cama e coloquei-me a chorar compulsivamente tão mal que me sentia.
Minha mentora novamente aproveitando uma oportunidade em minha reflexão dissipava com o auxilio de irmãos espirituais rapidamente os elos magnéticos negativos que me aprisionavam a irmãos igualmente perturbados em suas próprias aflições.
Sentindo-me mais leve pranteei em suplica desesperada:

- Estou cansado me ajuda!

Minha mentora surgiu em brilho.

Podia agora não mais somente vê-la, mas senti-la.

Sentindo-me envergonhado não somente na aparência envelhecida, mas no próprio proceder àqueles anos sempre a distanciando de mim.
Reclinei a cabeça ainda chorando compulsivamente evitando olhá-la.

- Não te envergonhes meu irmão! Ergue-te em ti mesmo e recomeça!

De cabeça baixa consegui murmurar tremulo

- Destruí minha vida na incompreensão dos atos vis de um irmão.

Ela olhou-me fixamente e impressionantemente agora eu também a olhava com os olhos molhados de dor.

- Vou mostrar-te porque tudo aconteceu!

Meneei a cabeça negativamente enquanto lhe dizia:

- Eu era bom e justo com todos. Nunca fiz mal a ninguém. Eu não compreendo!
Minha mentora fazendo um sinal com a mão para que silenciasse disse.

- Te levarei numa outra existência. Desejo que na bondade de nosso Pai compreendas que nem sempre fostes bom e justo.

Vendo-a elevando as mãos senti meu corpo ficar muito leve e desloquei-me em imagens aceleradas que não conseguia assimilar.

Mas a imagem se paralisava e podia nela avistar-me um jovem cheio de ambição bebendo e se drogando com amigos.

Em outra imagem nítida me vi invadindo uma residência assassinando cruelmente mãe e filho e deixando um irmão violentamente ferido.

Esta cena se repetiu ininterruptamente em mim até que me admiti fazendo os disparos friamente.
Rapidamente ali eu estava novamente em meu quarto olhando para a minha mentora perplexo com tudo o que visualizara.
Sem prantear indaguei-a.

- Se era tão ruim e se fiz tanto mal como eu procedia no bem nesta minha vida?

Sem palavras novamente minha mentora elevou as mãos e podia agora em ver num ambiente de imensa paz, uma unidade hospitalar emanando luz a irmãos com imenso amor. Em outra cena me surpreendi amparando irmãos aflitos e resgatando-os de suas aflições.

Novamente despertei destas imagens no quarto e desta vez as lagrimas desceram serena. Minha mentora esclareceu:

- Muito te medicaram e muito estudastes para compreender imperfeições. Assumistes esta oportunidade física para as resgatares não somente com alguns irmãos num aprendizado incessante, mas no objetivo engrandecedor de tua própria evolução.

Olhei-a humilde e disse:

- As duas foram assassinadas como um castigo?

Minha mentora olhou-me paciente e falou:

- Deus Nosso Pai não castiga! Ambas tinham seus próprios resgates em amor e tu num projeto encarnatorio habilmente elaborado com a tua participação escolhestes as ferramentas e os meios a superar com resignação e humildade provações cotidianas amando ainda mais teus irmãos.
Eu reclinava agora todo o meu ser clamando perdão a Deus.
Em meu silencio e prece minha mentora distanciou-se e eu me percebi só.
As lembranças de minha vida regressa iam novamente se dissipando em minha essência até que de nada mais me recordava.
Sentia inexplicavelmente uma enorme vontade de recomeçar e auxiliar meus irmãos.

Caminhei ao banheiro e numa enorme vontade de viver e não desperdiçar mais um tempo que é determinado num corpo oportuno aparei a barba completamente e tomei um banho demorado como se lavasse minha própria alma.
Sentindo a pele macia e vendo-me novamente alvo numa aparência mais jovem eu consegui sorrir para mim mesmo.
Não compreendia ao certo o que me incentivava a reagir, mas eu com certeza estava imensamente feliz em despertar.

Reclinei-me em humildade e em prece silenciosa clamei a Deus perdão por tantas falhas na própria indiferença ao tempo hábil numa encarnação essencial em minha evolução. Em lágrimas sutis que brotavam da essência da minha alma eu pedi que me auxiliasse a prosseguir simplesmente amando irmãos e respeitando suas imperfeições em sua ínfima liberdade.

Minha mentora ressurgiu em alva luminosidade e num vulto sorridente exclamou:

- despertastes meu irmão!

Consegui sorrir em autencidade plena dizendo-lhe:

- Estou pronto! Ainda desejas me acompanhar?

Minha mentora elevou as mãos abençoando-me em imensa energia.

- Recomeça meu irmão sempre te acompanhei! Nunca te deixei só. Acompanhava-te, mas não desejavas ver-me. Aconselhava-te, mas não desejavas ouvir-me. Emanava luz, mas te escondias desta tão entorpecido estavas em tua escuridão e tão compenetrado estavas em somente ouvir incentivos em tua própria destruição. Esqueçamos o que passou e recomecemos! Desejas obrar meu irmão?

Meneei a cabeça afirmativamente e ela pediu:

- Faz uma prece por tuas irmãs que estão bem e em muita luz!

Assim o fiz prontamente não mais me sentindo entristecido, mas recordando os semblantes felizes de minha companheira e de minha irmã. Tão logo encerrei ela me fez um novo pedido:

- Agora meu irmão faz uma prece pelo irmão que se atormenta em imenso sofrimento desde o dia que na insensatez de seus atos excluiu a oportunidade á continuidade de três existências.

O que anteriormente surtiria um enorme efeito ante a revolta agora me tocava na incógnita do que afirmava. Indaguei receoso.

- Como três existências? Não compreendo!

Pausadamente me esclareceu que após sair da residência em fuga e viajar para outra localidade não suportando as lembranças de suas próprias atitudes eliminara sua vida em veneno fatal e que neste agonizava á longos períodos em regiões inferiores.

Surpreendentemente me senti compadecido de sua situação e atendi prontamente o pedido de minha mentora clamando a Deus Pai que meu irmão visualizasse a luz confortadora em sua essência e no amparo de amigos saísse da estagnação e prosseguisse em sua evolução.

Compreendendo-me bem minha mentora sorriu silenciando e eu me ergui sentindo-me renascer na compreensão não somente de mim mesmo, mas de cada irmão absolutamente igual num aprendizado incessante.

Saindo de meu quarto percebia a grandiosidade de mais um dia na beleza tênue da claridade que surgia intensa nos vitrais da janela da sala de estar.

Me encantava com detalhes que ali estavam ao longo de todos os dias, mas que não percebia tão absorto estava em meus pensamentos e em minhas aflições.
Encontrei meus pais já reunidos na copa fazendo a refeição matinal.

Surpresa com minha aparência num impulso minha mãe se ergueu em felicidade e abraçou-me fortemente sem palavras.
Abraçando-a falei sensibilizado a todos:

- Me perdoem o tormento que trouxe á vossa vida em meu proceder. Graças ao Bom Deus eu estou bem e vou recomeçar!
Meu pai também se levantou e abraçou-me comovido tentando conter em vão lagrimas de alegria.

Juntos nos aproximamos da mesa e oramos o Pai Nosso dando graças pela continuidade em nossas vidas.

Afastei-me sorrindo e fui ao quarto de meu avô no qual entrei vagarosamente e aproximando-me dele peguei-lhe as mãos e falei com toda a força do meu ser:

- Me perdoa meu avô pelo que lhe fiz sofrer!

Sentia em mim mesmo que aquele pedido de desculpas se expandia de alguma forma alem daquela mera existência.
Meu avô muito envelhecido na idade do corpo apertou-me as mãos e murmurou mostrando igual alegria.

- Eu sempre acreditei que superarias, vai em frente meu neto!

Fechei os olhos e orei também com ele clamando a Deus que abençoasse minha linda família.

Levei-o á copa em sua cadeira de rodas e ali nos alimentamos juntos silenciosos no amor que nos unia intensamente.
Após a refeição despedi-me de todos e segui radiante para o meu trabalho. Tudo era como se fosse novo nos aromas que sentia, no que ouvia ou em tudo que visualizava.
A existência simplesmente prosseguia para todos em mais um dia abençoado, mas para mim grandiosamente ela recomeçava em inúmeras descobertas do que em mim adormecera.

Vislumbrava não somente a magnífica paisagem de uma natureza absoluta num céu imensamente azul e de um sol absoluto reluzindo nas folhagens verdes das arvores ao longo da grande avenida.

Novamente olhava irmãos em suas existências com a minha essência novamente abençoando-os com imenso amor.


Chegando ao hospital a surpresa de todos não somente com minha aparência renovada, mas com a alegria que demonstrava, desculpando-me com imensa sinceridade de amigos que me eram colegas, auxiliares e pacientes.
Divergente não o foi na casa de luz que freqüentava e na qual pedi humildemente para obrar novamente na tarefa de abençoar irmãos com os passes magnéticos.
A vida não somente recomeçava para mim numa continuidade absoluta, mas em minha mediunidade novamente eu conseguia expandir a luz do amparo a todos os meus irmãos.

Prossegui esta minha existência em êxito aprimorando-me num aprendizado incessante e aperfeiçoando-me intimamente.
Compreendi ao longo dos vinte anos com os quais Deus ainda me abençoou numa oportunidade física que a existência de cada um é uma oportunidade ininterrupta de nos superarmos em nós mesmos em incessantes recomeços.
Acompanhado de minha mentora elevei-me num aprendizado que Deus me ofertava a cada novo amanhecer na claridade engrandecedora do meio oportuno e na veste apta de uma existência corpórea.
Na essência da alma assimilei a cura não somente ao corpo reequilibrando-o e regenerando-o, porem na doação plena a cada irmão na benção não somente das mãos que se elevam com amor, mas com certeza no coração que se engrandece em sentimento se doando na transposição de espaço ou tempo.
Na essência da alma aprendi a benção de doar Vida!

Fiquem em Imensa Paz
Equipe Nosso Lar
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Mensagem mediúnica Equipe Espiritual Nosso Lar
Psicografia medium maria


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