quarta-feira, 15 de agosto de 2012

" NA ESSENCIA D'ALMA " - Obra Mediúnica ( VII Capitulo)

    
Obra mediúnica "NA ESSENCIA D'ALMA" ( VII PARTE)

(Esta é uma obra mediunica; ainda não foi revisada em erros de gramatica ou ortografia; porem compartilho a sua essencia com muito amor no nobre obrar de Irmãos Espirituais)

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Equipe Espiritual Nosso Lar

Medium Maria

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                             VII- A OPORTUNIDADE

 Naquele dia retornando para o repouso essencial a todos os espiritos, no lar encontrei Hugo que me aguardava sereno.

Indaguei-lhes pelas nossas irmãs e ele me disse que já haviam ido repousar.

Senti que algo precisava me falar e olhando-o com enorme afeição indaguei:

- Que desejas meu irmão!

Hugo pedindo que me sentasse falou pausadamente.

- Pouco sabes de minha vida em plano físico; contei-te apenas que exerci atividade como serralheiro e que em vida constitui família e agi de acordo com as leis de Deus. No entanto tenho muito mais a falar-te. Não se unificam os irmãos em plano físico ou em esferas espirituais em mera casualidade.

Deu uma pausa harmonizando o seu ser e prosseguiu.

- Fui o primogênito de Antunes, o homem que lesastes em paralisia absoluta, em disparo proposital. Não me encontrava na residência no dia do vosso assalto. Tu meu irmão Vitor excluístes a oportunidade da vida de minha mãe e de meu irmão. Enorme sofrimento foi em minha vida. No entanto nunca te julguei ou condenei. Pedia a Deus o Nosso Pai que em ínfima misericórdia somente te auxiliasse na compreensão de tua imperfeição.

Novamente Hugo deu uma pausa prolongada cerrando os olhos e continuou em tom sereno.

- Os Irmãos me informaram de tua chegada ao Nosso Lar; diariamente fui então ao parque hospitalar e acompanhei teu restabelecimento nas câmaras de retificação e nas unidades de regeneração. Pedi então em extremo amor aos nossos irmãos, que possibilitassem a nossa convivência com tua acolhida neste lar.
Silenciei em tua recuperação. Agora, no entanto estás melhor e em breve iniciarás as tuas atividades de auxilio nas regiões umbralinas. Não poderia mais ocultar-te isto.

Eu estava emocionalmente perplexo com tudo.

O meu ser emudecera não em imensa vergonha, mas na grandiosidade de um Pai que concede ininterruptos recomeços.


Levantei-me e aproximei-me de Hugo pegando-lhe as mãos.

Meu ser estava impressionantemente sereno e apto a falar-lhe:
- Desejo saber de tudo com calma e em imensa harmonia. Cientes estamos, aqui na Colonia, no incessante aprendizado e na explanação da doutrina diariament,e desde que aqui chegamos atraves de muitos irmãos, que o arrependimento é essencial mas o mais edificante é nos reconhecermos imperfeitos ansiando pelo resgate para com os nossos irmãos em nossas proprias dividas.
Dei uma pausa, respirando profundamente e prossegui:
- Desejo saber de tudo o que ocorreu em sua dimensão real na consequencia de meus atos, pois somente assim poderei assimilar em mim mesmo a enorme necessidade que possuo de evoluir.
Ainda segurando as mãos de Hugo prossegui:
- Desculpar-me contigo do imenso mal que fiz não edifica meus acertos. Mas sei que ciente estás em minhas emanações de que sinceramente desejo me redimir para contigo e para com tua familia.
Hugo soltou-se de minhas mãos, olhou-me no olhos confiante e disse:
- Repousemos agora meu irmão Vitor. Ao longo dos proximos dias te contarei da vida de meu pai Antunes e de minha propria vida em detalhes.
Despedimo-nos num imenso abraço fraternal e fomos repousar agradecendo a Deus Pai a imensa oportunidade dos reencontros.

                     

             O despertar naquele dia me era especialmente oportuno, na superação da minha imagem em um corpo físico, nada difusa, mas plenamente clara em sua extrema imperfeição, lesando irmãos em meu extremo egoísmo.
Porem na minha elevação em determinação e na convicção do ser que eu era, filho de Deus Pai, que novamente me despertava numa nova oportunidade, agora em corpo espiritual, desejava ardentemente me aperfeiçoar e resgatar o imenso mal proceder para com meus Irmãos.

Encontrei-me com meu Irmão Hugo, que já saia apressado para seu laborar. Não me humilhei pedindo meras desculpas pelo meu proceder em oportunidade reencarnatoria. Simplesmente olhei-o, sorri e desejei um bom dia, pois eu tinha certeza que em minha imensa emanação de amor, ele sentia o meu real arrependimento e a minha verdadeira vontade de me redimir.

Desejava ter mais conhecimento da vida em plano físico de meu irmão Hugo, após eu ter lesado fisicamente seu pai numa paralisia absoluta e ter excluído a oportunidade da vida reencarnatoria de sua mãe e de seu irmão.

Sereno, no entanto eu estava de que as informações me adviriam em momento propicio, na oportunidade da compreensão de meus atos, como bênçãos de Deus Pai em minha evolução.

Caminhei tranqüilo para o meu intenso aprendizado para poder laborar como missionário nas regiões do umbral.
Enorme era a minha expectativa no retorno aquelas regiões nas quais eu sobrevivera por ininterruptos anos em estagnação absoluta, enorme era a minha ânsia de auxiliar com imenso amor aos que ali ainda se encontravam.

Na intensa instrução diária de meus mentores, prosseguia no incessante aprendizado de manipular as energias e as fazer fluir com enorme poder em auxilio aos outros.
Aprendia como é fantástico o enorme poder energético de cada ser e da extraordinária possibilidade inquestionável de emanar esta energia em poder regenerativo a outrem.

Nesta instrução diária e ininterrupta eu compreendi que todo o ser em corpo físico ou espiritual tem em seu interior, na essência da alma, igual poder energético e que sem duvidas podem fluir estas energias e as manipularem sob inúmeras formas de auxilio, mas que em seu desconhecimento não as aplicam e nem as direcionam corretamente.

Fluem estas energias luminosas então, sem qualquer direcionamento desperdiçando os seres ainda o seu enorme poder magnético.

O dia foi imensamente gratificante em mais um intenso aprendizado e me surpreendi ao ver Hugo entrando na unidade.

- Vim te buscar Irmão Vitor iremos para casa juntos precisamos conversar.

Agradeci aos meus mentores e sai com Hugo.
Este foi dialogando sobre sua vida. Contou-me que seu pai inconformado com a lesão medular perdeu o prazer pela vida. Vivia simplesmente por viver sendo carregado continuamente de um lado para o outro sempre numa enorme dependência dos outros.
Hugo falou ainda que na época da lesão tivesse quatorze anos e que suas avós os auxiliaram imensamente.
Desejando saber mais, sentei-me numa das praças na qual sempre ficava extasiado com a sua imensa beleza e Hugo também o fez.
O perfume que exalavam as flores serenava meu ser.
Meu irmão continuou:

- Gradativamente o patrimônio de meu pai foi acabando no seu tratamento incessante e no auxilio ininterrupto de enfermeiros. Mudamos para uma residência humilde. Aprendi ainda muito jovem, a profissão com o meu avô e trabalhei muito com ele. Ambos passamos a sustentar a casa. Meu pai adoeceu e logo desencarnou.

Interrompi indagando-lhe:

- Quanto tempo depois da lesão?

Hugo olhou-me tranqüilo e respondeu:

- Viveu só cinco anos!

Novamente não consegui me controlar e indaguei:

- Está aqui?

Hugo sorriu:

- Não Vitor. Novamente está em plano físico. Numa nova etapa reencarnatoria. Minha família se reencontrará novamente a fim de concretizar o projeto outrora desfeito. Minha mãe já se uniu a ele e meu irmão já é uma criança saudável no seio familiar.
Precisava contar-te tudo isto, porque amanhã mesmo começo a me preparar para a minha nova oportunidade física.
Retornarei á minha família, pois todos temos um resgate comum.

Mostrei-me entristecido com a sua partida e Hugo falou sereno:

- Sempre nos encontramos em novo recomeço!

Levantamo-nos e caminhamos para a nossa casa. Hugo tranquilamente ia contando detalhadamente tudo.

No dia imediato Hugo se despediu de Rita, Lucia, e Carmem. Aproximando-se de mim falou determinado:

- Não esmoreças Vitor! Obra em prol de todos os nossos irmãos. Tempo haverá ao resgate para conosco! Fica em Paz e prossegue na Luz!

Suas palavras eram uma enorme benção em todo o meu ser e um enorme incentivo á minha continuidade.

Abracei meu irmão com imenso amor e ansiando imensamente a oportunidade a prosseguir em luz e a posteriormente elaborar um projeto de vida física em que pudesse me reencontrar com ele.

Hugo se distanciou a fim de iniciar o longo preparativo para sua nova reencarnação.

Olhei para as minhas irmãs Rita, Lucia e Carmem ciente de que muito pouco conhecia de suas vidas e disposto a estreitar nossos laços e a trocar experiências.

Caminhei até elas e lhes dei um abraço dizendo:

- Prosseguiremos na luz de Deus Pai! Tão interessado tenho andado com minhas atividades que pouco tenho dialogado. A partir de hoje ao retornarmos de nossas atividades nos reuniremos, pois isto é importante em nossa evolução.

Todos concordaram sorrindo afeição.

Silencioso prossegui no transcorrer de dias.
Era para mim um período de reflexão e compreensão em mim mesmo de inúmeros fatos que Hugo havia narrado na conseqüência de meus atos.

 Perseverante no aprendizado ou nas pequenas tarefas na colônia e ao retornar ao lar intensificava o conhecimento com minhas irmãs esquecendo um pouco de mim mesmo para me preocupar um pouco com suas próprias existências.

Era o oportuno e incessante mistério dos reencontros em ínfimos resgates de amor.

Todos tínhamos nossas atividades na colônia. Lucia sempre serena obrava no grande parque hospitalar. Carmem mais impulsiva obrava nas unidades de instrução. E Rita por sua vez extremamente extrovertida e sempre alegre obrava nos meios de transportes.

Éramos uma família temporária, ansiando evoluir e esperando uma oportunidade de resgatar nossas próprias imperfeições para com o próximo, porem começava a perceber que inúmeras imperfeições ainda ali permaneciam em meu ser.

Certa manhã minha irmã Lucia se aproximou dizendo-se:

- Irás em breve à caravana de auxilio ao umbral?

Olhando-a com imensa ternura afirmei.

- Sim minha irmã Lucia, mas não sei quando, pois ainda nos preparamos para isto. Será meu primeiro obrar como missionário no umbral.

Ela mantendo-se serena falou:

- Pedi para vos acompanhar ainda que não tenha instrução para isto! Como sabes estou na colônia já á bastante tempo e muito tenho auxiliado meus irmãos no parque hospitalar. Tenho méritos e sei que aceitarão que vos acompanhe.

Extremamente curioso indaguei:

- Que desejas fazer nas regiões umbralinas?

Lucia olhando fixamente para seu próprio interior balbuciou decidida:

- Encontrar meu filho que sofre imensamente. Desejo desperta-lo de sua própria dor.

Dizendo isto Lucia despediu-se prosseguindo para a sua jornada diária.

Caminhando para as minhas atividades, finalmente eu esquecia-me em pouco de mim mesmo, de minha evolução e de meus anseios para pensar na vida de uma irmã.
Refletia como ali numa outra esfera, num ambiente mais tênue e engrandecedora em regeneração de nossos seres, eu ainda mantinha um extremo egoísmo.

Pensava, sentia e agia muito em função de mim mesmo para posteriormente me preocupar com o meu próximo.

Tão absorvido estava com minha própria existência que não conseguia visualizar a dor de uma irmã que ao meu lado estava o tempo todo.

O caminhar em passos lentos para as minhas atividades, na reflexão contínua de meus atos desde que chegara ali á colônia, me faziam sentir imensamente pequeno.
Tanto tenho obrado por minha regeneração e por meu equilíbrio e tão pouco fizera para auxiliar o equilíbrio ou a regeneração de outrem.

Chegando ao centro de atividades e treinamento aproximei-me de meu mentor e lhe disse entristecido:

- Tenho andado tão preocupado comigo mesmo, desde que cheguei nesta colônia, que esqueci o primordial.

Dei uma pausa e prossegui.

- Esqueci de amar os meus irmãos que aqui se encontram.

Meu mentor me olhei emanando paz e falou:

- Não deixamos de ser aqui o que éramos em plano físico. Nesta esfera somente estamos conscientes de nossos atos e nos é concedido um ambiente tênue á regeneração e ao equilíbrio. A reforma na essência da alma é individual e gradativa. Deve ser contínua. O reconhecimento de tua imperfeição em egoísmo para com teus irmãos já o é um mérito. Aperfeiçoa-te nisto!

Prossegui naquele dia,obrando, aprendendo e refletindo no meu proceder para com os meus irmãos.

Estava determinado a fazer a minha reforma intima, na essência da minha alma porem estava ciente de que um longo processo seria necessário para isto. Aprendia mais uma vez na linda colônia que o importante é o recomeçar continua e incessantemente.

                

Naquele dia voltei para casa desejando encontrar com minhas irmãs e lhes dar um pouco do meu tempo em atenção e amor.

Na paz de nosso lar dialogamos fraternalmente trocando experiências, duvidas incertezas, expectativas. Era engrandecedora a oportunidade de nos concedermos um tempo ao dialogo.

Oportunamente neste instante rapidamente desloquei-me em minhas lembranças ao plano físico e percebi que na crosta terrestre a maioria dos seres aceleram as suas vidas na ânsia de conquistas meramente materiais olvidando-se da essência de sua própria alma e do real projeto de sua vida.

Atarefados no conquistar e no possuir administram mal o tempo que lhes é restrito e quando se descobrem novamente num corpo espiritual lamentam-se das incessantes oportunidades de amar o próximo perdidas num acelerado processo improdutivo na evolução de si mesmo.

Oportunamente eu visualizava o meu próprio tempo em corpo físico meramente desperdiçado num breve transcorrer diário do qual nada substancial trouxe em meu ser.

Minha irmã Lucia me interrompeu os pensamentos falando feliz:

- Irei contigo na próxima caravana de auxilio ás regiões do umbral!

Senti-me finalmente recompensado pela oportunidade que Deus Pai me ofertava de estender-lhe minha amizade e minha fraternidade simplesmente indagando:

- Desejo saber de teu filho com o qual tanto te preocupas e a quem tanto desejas auxiliar. Fala-me dele!

Dizendo isto eu sentia como se o meu ser emanasse enorme energia fraterna abraçando com imenso amor mental a minha irmã.
Era um simples ato de me preocupar com a sua existência, no entanto quando nos preocupamos com o próximo deixando de nos preocuparmos, ainda que temporariamente por nós mesmos, nosso ser sorri ao Mestre Jesus e fazemos uma prece autentica de Amor a Deus.

Lucia olhou para Rita e Carmen e esboçou um sorriso sereno. Olhou para mim e ainda sorrindo falou:

- Sou mãe! Os laços que nos unem em oportunidade física quando edificados em autêntico amor são indissolúveis. Não há força ou tempo que os destrua em nossa essência.

Deu uma pausa e prosseguiu agora com o semblante mais serio:

- Meu filho era um homem em vida física bom. No entanto os valores físicos na extrema necessidade da conquista material no seu desenlace foram determinantes. No extremo apego á matéria não reencontrou em si mesmo a sua alma. Em sofrimento pela matéria que perdia fosse ao seu corpo, nos seus afetos ou na suas conquistas entregou-se á incompreensão da perda. Esmoreceu na fé. Deixou-se ficar nas proximidades da crosta terrestre para vampirizar o circulo vicioso de uma existência meramente materialista. Se beneficiar nesta proximidade com as agradáveis emanações magnéticas de muitos irmãos em plano físico em suas próprias dependências.

Respirou profundamente.

- Teve uma vida inteira de oportunidades de parar e refletir de que a vida em plano físico não é meramente a matéria. Deus em sua infinita Bondade lhe proporcionou incessantes alertas para que despertasse para a sua alma que é real e infinita. Porem em incessantes processos de escolhas optava pela matéria que lhe era oportuna não visualizando, no entanto que esta somente o é coexistente enquanto a matéria perdura. Hoje se encontra no umbral em imenso sofrimento na compreensão de que a matéria não mais possui, mas procurando desesperadamente as sensações dela provenientes.

Lucia silenciou e então lhe indaguei:

- O Umbral e suas regiões são extensas áreas pelo que já aprendi. Milhões de irmãos ali se encontram nesta mesma situação não reconhecendo em si mesmos a extrema necessidade da continuidade ou a percepção em si mesmos de sua espiritualidade e do real sentido de suas existências. Como o encontrarás em meio a tantos irmãos aflitos?
Lucia levantou-se e colocando a mão em meu ombro disse carinhosamente igual a uma mãe:

- Foi isto que pedi ao Ministro do Auxilio. Os missionários do umbral na próxima caravana se deslocarão para a região densa onde meu filho Rui se encontra. Somente acompanharei vocês. Não sei manipular energia em auxilio ao próximo. Vocês orarão com amor e eu simplesmente falarei com meu filho.

Oportunamente novamente vinham minhas lembranças, agora de minha filha Alice na sua primeira visita ás regiões umbralinas na qual me encontrava exatamente na mesma situação de estagnação de muitos irmãos. Alice tinha o amparo em extrema luminosidade de irmãos que a acompanhavam. Ela somente emanou o seu amor de filha.
Com Lucia seria igual ela com certeza iria obrar com seu próprio sentimento de amor.

Peguei a sua mão que ainda estava em meu ombro e também me levantando, a abracei com imenso amor.

O repouso foi necessário naquele dia a nossos seres que haviam emanado enorme energia.

No transcorrer de dias me sentia gratificado em poder não somente aprender ou auxiliar nas atividades por minha evolução em amor para com o próximo porem obrar com amor no amparo em amor para com as minhas irmãs em meu próprio lar.

Fiquem em Imensa Paz

Equipe Nosso Lar
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Mensagem mediúnica Equipe Espiritual Nosso Lar
Psicografia medium maria 

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